O próximo domingo (29) é o dia D de conscientização da campanha Janeiro Roxo sobre a Hanseníase, doença que é transmitida pelo Mycobacterium leprae. Em Feira de Santana, o Centro Especializado de Saúde (CSE) Dr. Leone Leda é referência no tratamento da hanseníase.
O órgão de saúde acompanhou 69 pacientes acometidos pela doença infecto-contagiosa em 2022, 8% a menos que em 2021, quando 79 pessoas se registraram na unidade.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a enfermeira Fabiana Soares, que é coordenadora do programa de hanseníase e outras doenças pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, explicou que a hanseníase é uma doença infectocontagiosa na pele.
“A hanseníase tem características de manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas, que geralmente acometem os nervos periféricos, e os membros superiores e inferiores, a exemplo dos pés e das mãos”, explicou.
O diagnóstico é feito através de exames e avaliação médica. “O paciente perde a sensibilidade no local da mancha, não vai sentir dor, e essa mancha não coça e não arde”, detalhou a enfermeira.
Segundo ela, a doença acomete mais os idosos. E no município, atualmente, o CSE não tem registro de crianças acometidas pela hanseníase.
“O tratamento é feito com uso de antibióticos, com a poliquimioterapia, de seis meses há 1 ano, de acordo com o agravo da doença e a conduta médica. O tratamento precoce é muito eficaz para diminuir o agravamento da doença”, informou Fabiana Soares.
Ao sinal de qualquer sintoma, as pessoas podem buscar o atendimento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde, onde serão avaliadas e encaminhadas ao CSE. “Ou podem vir também de unidades particulares com relatório médico”, completou a coordenadora do programa municipal.
A transmissão da hanseníase, conforme Fabiana Soares, se dá através das vias aéreas superiores, por gotículas de saliva.
“No contato pele a pele não pega, mas por conversas próximas sim, e no beijo, possivelmente, pois é por gotículas de saliva”, pontuou.
Fique atento aos sinais e sintomas:
– sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
– manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;
– áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;
– caroços e placas em qualquer local do corpo;
– diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Como se transmite:
- Secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro.
Conforme o Ministério da Saúde, os pacientes em tratamento regular ou que já receberam alta não transmitem. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e na aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade e do Ministério da Saúde.
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