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O câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes¹ e tem maior incidência em mulheres acima de 60 anos que já estão na menopausa. Segundo a Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, é preciso fazer o acompanhamento periódico para identificar eventuais sintomas precocemente. A especialista dá algumas orientações sobre o tema.
"Nenhum sangramento, dor pélvica ou durante a relação sexual devem ser ignorados", afirma a Dra. Michelle. "Os fatores de risco para desenvolver a doença são a menopausa tardia, obesidade, uso de reposição hormonal, diabetes, síndrome do ovário policístico e nunca ter tido filhos".
Quando o diagnóstico é precoce, a médica ressalta que existe até 80% de chance de cura, dependendo do caso. O tratamento dependerá do tipo e estágio da doença. A maioria das mulheres é diagnosticada nas fases iniciais e o tratamento geralmente é a retirada cirúrgica do útero, ovário e tubas. Outras opções são a radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia.
"Hoje, existem abordagens minimamente invasivas para tratar o câncer de endométrio. É o caso da robótica, que utiliza tecnologia como visualização do campo cirúrgico com alta resolução e em 3D. O resultado oncológico da técnica é o mesmo da cirurgia aberta e o pós-operatório é mais fácil", explica Michelle. "Essa é uma doença com boas chances de cura para a maioria das mulheres. Por isso, logo que a mulher perceber um sangramento vaginal, deve procurar o ginecologista".