Inverno pode prejudicar muito mais pessoas que têm rinite e sinusite, alerta médico pneumologista

Quem tem sinusite ou rinite acaba sofrendo sempre mais no inverno. São pequenos feitos durante o dia a dia, que podem atrapalhar a rotina dos pacientes com a provocação de muitos espirros, coceira e transtornos na área do rosto.

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Neste sentido, o friozinho só piora a situação. Se você parar para pensar, provavelmente, conhece alguém que sofre desses problemas. Pensando nisso e no grande número de pessoas que se queixam, o Acorda Cidade conversou com o médico pneumologista José de Souza Neto, que explicou diferenças nas alergias e mais detalhes de suas características.

“A rinite e a sinusite elas pioram durante o inverno justamente porque a gente está num clima mais seco, onde as mucosas nasais ficam mais irritadas, além disso, as pessoas acabam se concentrando em ambientes fechados e com isso estão mais expostos a mofo, a poeira e, as pessoas evitam abrir a janela, deixar a ventilação na casa pelo tempo frio e com isso as alergias respiratórias costumam ter uma piora”, alertou.

Outra condição que piora nesta época para os pacientes que têm doenças respiratórias, principalmente na Região Nordeste, são as festas juninas, que trazem o aumento da fumaça por conta das fogueiras e fogos de artifícios. Em Feira de Santana, com o clima mais seco, a situação não é diferente.

Uma forte neblina pela manhã, um solzinho durante o dia e um friozinho à noite confundem as temperaturas e causam ainda mais sofrimento para os pacientes que têm alergias. Segundo o médico, essa mudança de temperatura é a principal causa do aumento dessa “agonia” para as pessoas.

“O tempo mais úmido que acaba de alguma forma irritando a mucosa, associado também as condições mais de ambientes fechados, onde a proliferação de mofo, de ácaro, de poeira é maior. A gente sabe que a luz do sol, a ventilação é um grande amigo dos alérgicos porque diminui a chance da proliferação dos ácaros”, explicou.

O pneumologista também esclareceu sobre as duas doenças, explicando que a renite se trata de uma manifestação inflamatória da mucosa nasal, na maioria das vezes, de causa alérgica e crônica. Já a sinusite ou rinossinusite, é uma inflamação das cavidades paranasais, os ossos, também chamados de “seios da face”, e que também pode ser fruto da rinite.

“O paciente tem uma gripe ou tem uma rinite exacerbada, essa secreção se acumula e ali cresce em bactérias e o indivíduo tem o que a gente chama de sinusite bacteriana. Que é onde o tratamento é feito com antibióticos. Porém, pode haver também a sinusite crônica onde esse indivíduo devido ao seu quadro alérgico, faz uma inflamação crônica dessa região e fica com esses sintomas persistentes”, explicou.

Os sintomas são muito visíveis para as duas situações. É aquela gripe que não melhora, a famosa crise de rinite, a dor de cabeça, e o paciente fica persistindo com a secreção no nariz depois de alguns dias. Pode haver também uma tosse seca que não melhora e na sinusite, a dor de cabeça na região da face. O médico explica que esses sinais não são obrigatórios para o diagnóstico.

“Muitas vezes a gente acaba diagnosticando sinusite com uma tosse persistente depois de uma gripe que não melhora, geralmente secretiva. Muitas vezes essa secreção está vindo dessa região dos seios paranasais”, pontuou.