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O Instituto Butantan entregou no fim da tarde desta sexta-feira (22) mais 900 mil doses da vacina CoronaVac para a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e para o Ministério da Saúde, após a liberação do uso emergencial das doses envasadas na sede do instituto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o Instituto Butantan, 200 mil doses foram levadas ao Centro de Distribuição e Logística da Secretaria da Saúde de São Paulo e 700 mil foram entregues ao governo federal na central de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Ao todo, a Anvisa aprovou o uso de 4,1 milhões de doses da CoronaVac. No entanto, as outras 3,2 milhões de doses envasadas, rotuladas e embaladas no Butantan a partir de matéria-prima enviada da China serão liberadas e distribuídas após passarem por um processo de inspeção de controle de qualidade do instituto. O Butantan afirmou que ainda não há previsão da entrega das doses que serão inspecionadas.
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que as novas doses serão distribuídas aos municípios a partir da próxima semana, mas não soube dizer a data exata e nem detalhar a quantidade que cada cidade irá receber.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde obter detalhes da distribuição da vacina e aguarda um posicionamento.
Uso emergencial
Na segunda-feira (18), o Butantan fez um pedido de uso emergencial para 4,8 milhões de doses da CoronaVac envasadas no instituto, em São Paulo, o que foi aprovado pela Anvisa nesta sexta (22). No entanto, a estimativa foi corrigida pelo Butantan após processo de envase e conferência do lote, e o total de doses envasadas foi de 4,1 milhões de doses.
O cronograma firmado em contrato com o Ministério da Saúde prevê a entrega de 8,7 milhões de doses da vacina previstas até 31 de janeiro. Desse total, 6 milhões foram entregues ao longo desta última semana.
A CoronaVac é uma vacina contra Covid-19 baseada em vírus inativado e desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. Parte das doses foi entregue pela Sinovac já pronta para uso, enquanto outra parte é formulada pelo instituto em São Paulo.
No último domingo (17), a agência autorizou o uso emergencial dos 6 milhões de doses importadas prontas da China. Agora, está permitida também a utilização das vacinas envasadas pelo Butantan em sua fábrica, usando a matéria-prima enviada pelo laboratório chinês Sinovac. A partir desta autorização, outras doses que forem envasadas da mesma forma pelo instituto não precisam de novas liberações da Anvisa.
Em nota, o governo afirma que as demais doses envasadas, rotuladas e embaladas no Butantan a partir de matéria-prima enviada da China “serão liberadas tão logo passem pela inspeção de controle de qualidade do instituto”.
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira (22) por unanimidade o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O pedido foi feito pelo Butantan na segunda-feira (18). Um primeiro lote com 6 milhões de doses da CoronaVac já tinha sido liberado no último domingo (17) para aplicação emergencial.
Essa fração chegou pronta da China e começou a ser distribuída em todo o país pelo Ministério da Saúde nesta semana. O novo pedido de autorização é para o uso emergencial de todas as doses envasadas pelo Butantan.
As doses do primeiro lote foram integralmente fabricadas na China e enviadas ao Brasil em frascos já prontos para aplicação, com uma dose por recipiente.
Já as doses aprovadas nesta sexta pela Anvisa foram feitas com a matéria-prima enviada pela Sinovac ao Butantan, que finalizou a produção e envasou a vacina em frascos contendo dez doses cada um.
De acordo com a Anvisa, as dez doses devem ser aplicadas no prazo de oito horas após o recipiente ser aberto. A agência alerta para o fato de que, passadas oito horas da abertura do frasco, não é possível garantir a integridade e a pureza da vacina.
As doses em frascos fechados, que nunca foram abertos, têm, segundo a Anvisa, prazo de validade de 12 meses, de acordo com as primeiras análises.
Segundo a Anvisa, os frascos precisam ser armazenados em temperatura entre dois a oito graus, mas suportam, fora dessa temperatura, tempo suficiente para a aplicação nas pessoas.
Fonte: G1