Saúde

Idosa de 93 anos é cortada ao tirar gesso em hospital do Rio: 'Levei 18 pontos'

Alda Waltz reclamou de dor, mas técnico de imobilização ignorou e teria dito que ela estava sentindo 'o gelado da tesoura'. Unidade está investigando o caso.

Acorda Cidade

Uma idosa de 93 anos foi ao Hospital Rocha Faria retirar o gesso de uma fratura no punho e acabou tendo o braço cortado cortado pela tesoura do técnico de imobilização. Ela precisou levar 18 pontos no local.

Segundo a família, Alda Waltz Lisboa ficou com um corte no braço de 20cm. O caso ocorreu na última quarta-feira na unidade que fica em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

"O cara meteu a tesoura, começou a machucar, eu falei pra ele que estava doendo e ele: 'Ah, mas já está no final'. Acabou de cortar, quando eu levantei, estava sangrando um pouco e ralhou um talho que eu levei 18 pontos", diz Alda.

O hospital informou que está investigando o caso e que o funcionário foi afastado. Ainda segundo a unidade, uma enfermeira e uma assistente social estão prestando apoio à idosa em sua casa.

Alda vai passar por um exame de corpo de delito nesta sexta (17). Thaisa Waltz, sobrinha-neta da paciente, acompanhava a parente e tentou acalmá-la.

"Ela chorou bastante, ficou bastante nervosa. Eu mantive a calma pela situação dela, porque ela não enxerga direito. Só sentiu a dor e estava muito nervosa. Fiquei calma pra tentar reverter a situação".

Técnico disse que idosa sentia 'o gelado da tesoura'

A tia-avó, diz Thaisa, reclamou de dor mas foi ignorada pelo técnico de imobilização.

"Quando ele começou a botar a tesoura na mão dela, ela reclamou que estava sendo cortada e ele não parou. Foi tudo muito rápido, não durou nem um minuto. Ele cortando falou que era impossível estar cortando a pele dela porque a tesoura não tinha ponta. E quando chegou mais em cima (do braço) ainda mexeu a tesoura dentro do gesso e falou que o que ela estava sentindo era o gelado da tesoura".

Ao ver o sangue, o funcionário ainda teria tentado reverter a situação. A idosa só recebeu os pontos depois que um médico foi chamado.

"Quando (o técnico de imobilização) abriu o gesso, viu a quantidade de sangue e tentou reverter a situação: falou que era um corte superficial e já começou a fazer outro curativo", relata.

Fonte: G1

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