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A Organização Mundial da Saúde recomendou, nesta terça (17), que pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus não devem usar ibuprofeno.
Em um estudo publicado na “Lancet”, uma das principais revistas científicas do mundo, pesquisadores analisaram pacientes chineses diabéticos e hipertensos que tiveram a Covid-19.
Durante o estudo, eles levantaram a hipótese de que o ibuprofeno poderia deixar as células do pulmão mais vulneráveis, facilitando a multiplicação do vírus nesses pacientes, o que poderia piorar o quadro.
Com base na pesquisa, o ministro da Saúde da França pediu, durante o fim de semana, que as pessoas não usassem o medicamento. Nesta terça-feira (17), foi a vez de a Organização Mundial de Saúde recomendar que quem estiver com os sintomas do novo coronavírus não use o ibuprofeno. Mas só nesses casos.
O ibuprofeno é um remédio analgésico e anti-inflamatório para combater a febre e a dor. Ele é mais usado em países como os Estados Unidos, já que, no Brasil, a dipirona e o paracetamol são mais populares — e são esses os medicamentos recomendados pelos médicos para substituir o ibuprofeno em casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus.
O infectologista Ralcyon Teixeira, que faz parte do comitê de combate ao novo coronavírus em São Paulo, também alerta para o risco do uso dos corticoides em pacientes com sintomas da doença.
“Muita gente que, quando tem um resfriado, um quadro de gripe usa corticoide, mesmo em casa, sem recomendação médica. Então, neste momento, o que a gente tem recomendado, por causa dos estudos, é não usar o corticoide, porque o corticoide não mostrou nenhum benefício e, pelo contrário, ele pode piorar”.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o ministério está avaliando as recomendações da OMS, e que, nesta quarta (18), vai emitir uma nota de esclarecimento sobre o uso do ibuprofeno.
Fonte: Site Jornal Nacional