Feira de Santana

Hospital da Mulher promove ações no 'Dia D da Prematuridade'

Em Feira de Santana, a Fundação Hospitalar realiza um acompanhamento com equipe multidisciplinar às mães e aos recém nascidos, até o momento ideal, para que haja a alta hospitalar.

Gabriel Gonçalves

Este dia 17 de novembro, marca a celebração do Dia Mundial da Prematuridade, criado para chamar a atenção para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. Apenas no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a seis prematuros a cada 10 minutos.

Em Feira de Santana, a Fundação Hospitalar realiza um acompanhamento com equipe multidisciplinar às mães e aos recém nascidos, até o momento ideal, para que haja a alta hospitalar.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, a enfermeira e coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, Andreia Santos, explicou que este dia marca o momento da conscientização e os cuidados voltados aos bebês prematuros.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Hoje é o dia da conscientização para as pessoas reconhecerem o prematuro pela sua individualidade e sensibilidade, para que a família como um todo, tenha este cuidado com o prematuro. Essaa ações surgiram com a iniciativa de estar promovendo o conhecimento sobre o prematuro, porque são bebês abaixo de 38 semanas, com pouco peso e então exigem este cuidado", afirmou.

Uma ampla programação está sendo realizada na unidade, a exemplo de palestras com psicólogos com diversos temas.

"Teremos palestras com psicólogos para falar sobre a 'separação zero', para que não haja esta separação entre pais e bebês, teremos o cuidado com o prematuro, com a nossa enfermeira Cleonara, e também a prematuridade com relação a amamentação. Hoje aqui na unidade, nós temos em torno de 11 bebês na Unidade Neonatal, e cerca de cinco na Unidade Intermediária. Com estes bebês internados, a Fundação Hospitalar oferece uma equipe médica de enfermagem, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos. Então tudo que o bebê não aprendeu no útero, ele vai aprender de forma extra útero", explicou.

Ainda de acordo com Andreia Santos, o bebê prematuro é identificado quando o nascimento acontece até  36 semanas de gestação.

"Com 36, 37 semanas de gestação, este bebê já é considerado como prematuro, mas o nosso público aqui na unidade, nasce abaixo de 30 semanas. Inclusive nesses meses de agosto, setembro e outubro, tivemos um aumento considerável dos partos prematuros. Mas o importante, é que os cuidados começem desde os exames, pré-natal e haja total acompanhamento médico para prevenir e evitar o parto prematuro", afirmou.

Joycemara de Jesus Santos, já está no Hospital da Mulher há 20 dias aguardando a alta da filha Giovanna Eloá, que nasceu com apenas 1,434 kg.

Ao Acorda Cidade, Joycemara explicou que durante a gravidez, descobriu a hipertensão gestacional e precisou fazer a cesariana.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Eu já estou aqui há 20 dias, apesar da minha gravidez ter sido tranquila, no sexo mês, eu descobri que estava com hipertensão gestacional, já tinham cerca de 27 semanas. Tentamos controlar a pressão com uso de medicação, mas não estava conseguindo controlar, foi quando os médicos decidiram com 31 semanas e cinco dias, fazer o parto e Giovanna nasceu prematura. No período eu fiquei até internada por cerca de 10 dias por conta da pressão alta", informou.

Joycemara destacou que o atendimento no hospital é de excelência com toda equipe médica, auxiliando tanto ela, quanto Giovanna Eloá, que gradativamente vai ganhando peso.

"As meninas da UTI são excelentes graças a Deus, todo tratamento é perfeito e abaixo de Deus, são elas aqui que estão cuidando da minha filha. Apesar do coração apertado, porque não posso ficar o tempo todo ao lado dela, mas a todo momento, os médicos nos trazem os boletins médicos e isso acalma mais o coração da gente", disse.

Com relação às ações que estão sendo realizadas no hospital, Joycemara enfatizou que são atividades importantes, principalmente com relação ao cuidado com os bebês.

"Essas ações são muito importantes, porque é como um incentivo, um processo que se torna difícil para a gente que tem um recém-nascido prematuro que veio ao mundo, então estas ações nos explicam, nos mostram como realmente é a realidade da prematuridade e as mães precisam saber disso, porque a gente planeja ter a gestação com nove meses, chegar até o final, mas não sabe o que pode acontecer, pode haver alguma intercorrência. Portanto, o importante nesse momento é saber o motivo da prematuridade, as prevenções e isso me faz ficar mais tranquila", destacou.

 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

 

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