Ilani Silva
O Hospital Estadual da Criança (HEC) inaugurado em agosto de 2010 começou a funcionar com 33% da capacidade inicial. Atualmente, a instituição já chegou ao índice de 64% da competência prevista para o primeiro ano de funcionamento, com 96 leitos ativos dos 150 previstos para o mesmo período de atendimento.
Segundo a diretora do HEC, Edilma Reis, há dez dias foi inaugurada a Unidade de Método Canguru, com mais 18 leitos para o acolhimento de crianças que já podem ter contato pele a pele com a mãe. Além disso, foram criados mais 29 leitos cirúrgicos no terceiro andar da instituição.
“É um avanço para cidade, já que temos dificuldades em encontrar profissionais pediatras em algumas especialidades como cirurgia pediátrica, medicina intensiva, anestesiologia. Inclusive, temos recebido profissionais de fora para trabalhar no hospital”, disse.
A diretora ainda comentou em entrevista ao programa Acorda Cidade que o hospital foi criado para ser um centro formador de novos profissionais. Para isso, a questão do ensino e pesquisa está sendo dinamizada através de convênio com universidades, como é o caso de estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana que já estão estagiando na instituição.
“Vamos começar a funcionar também a residência médica ano que vem porque precisa de um ano de funcionamento para que o Ministério da Saúde e o MEC darem permissão”, informou.
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Edilma Reis explicou que o hospital já está cumprindo a função de aliviar o trabalho em outras unidades de saúde.
“Feira de Santana ainda não tem a dimensão do que esse hospital tem trazido e que vai trazer de modelo de porte cientifico de desenvolvimento. Nós estamos recebendo pacientes de várias regiões, inclusive de Salvador”, contou a diretora.
Em relação aos partos prematuros, o hospital tem Unidade de Tratamento Intensivo neonatal, que recebe pacientes vindo de outros hospitais. No entanto, a instituição ainda não tem obstetrícia.
“Nós temos 10 leitos, e o próximo passo é abrir mais 10 leitos de unidade para bebês também. A intenção é ter 30 leitos funcionando, mas a dificuldade maior é fechar a escala dos profissionais, principalmente dos médicos”, relatou.
Um novo sistema de atendimento também foi implantado no HEC. Quando as crianças chegam a instituição recebem um pulseira que pode ser de cor azul, verde ou amarela. Cada cor classifica a gravidade do caso, então, mesmo que a criança tenha chegado primeiro que outra, se o caso da que chegou posteriormente for grande, ela é atendida primeiro.
