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A equipe multidisciplinar do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), formada por fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, residentes, nutricionistas, estudantes/estagiários, dentre outros profissionais, participou na manhã desta terça-feira (20), do Curso Básico de Ventilação Mecânica, facilitado por Vinicius Oliveira (Fisioterapeuta da UTI/HGCA). O encontro foi realizado pelo HGCA, através do Centro de Educação Permanente (Ceper), em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), no auditório do hospital e teve como objetivo fazer o aprimoramento tanto dos estudantes como da equipe para situações onde exista a necessidade de utilização de um ventilador mecânico.
Foto: Divulgação
De acordo com o fisioterapeuta Vinícius Oliveira, os pacientes vítimas de acidentes de motos que dão entrada no HGCA quase em sua totalidade chegam com a necessidade de ventilação mecânica. “A maioria dos motociclistas acidentados e que dão entrada na unidade já chegam com baixo nível de consciência, intubados e consequentemente necessitando do uso de ventilação mecânica”, afirmou.
Durante o curso os participantes tiveram noções de como manusear os equipamentos de ventilação mecânica e de que forma utilizá-lo em pacientes com insuficiência respiratória. “O curso é uma grande oportunidade de aprendizagem sobre a Ventilação Mecânica, que é um suporte de vida avançado, utilizado por pacientes com baixo nível de consciência, geralmente vitimas de trauma, que possuam insuficiência respiratória, ou que serão submetidos a algum procedimento cirúrgico. Nestes casos o paciente é intubado, para garantir as vias aéreas, e é colocado na VM. O ventilador vai fornecer oxigênio e retirar o gás carbônico do paciente, dando a ele mais conforto respiratório”, pontuou Vinícius.
Sobre Ventilação Mecânica
A Ventilação Mecânica (VM) ou, como seria mais adequado chamarmos, o suporte ventilatório, consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.
Tem por objetivos, além da manutenção das trocas gasosas, aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado; reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório; e permitir a aplicação de terapêuticas específicas.
Segundo Vinícius Oliveira, atualmente, classifica-se o suporte ventilatório em dois grandes grupos: Ventilação mecânica invasiva; e Ventilação não invasiva.
“Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas. A diferença entre elas fica na forma de liberação de pressão: enquanto na ventilação invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea, isto é, um tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou uma cânula de traqueostomia, na ventilação não invasiva, utiliza-se uma máscara como interface entre o paciente e o ventilador artificial”, concluiu.