Com a chegada do verão e o período de férias, as mulheres que frequentam praias e piscinas precisam estar atentas a alguns cuidados básicos com sua higiene íntima para evitar problemas ginecológicos comuns nesta época. De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), neste período do ano, os casos de pacientes com diagnóstico de infecções na região íntima aumentam consideravelmente nos consultórios. “O calor e a umidade facilitam a proliferação de fungos e bactérias, que são agentes causadores de vários tipos de patologias”, explica o ginecologista Airton Ribeiro, diretor médico da CAM, que integra a Oncoclínicas&Co. Dentre os problemas mais comuns, estão as infecções vaginais, a candidíase, a tricomoníase, a vaginose bacteriana e até as infecções urinárias.
“A rotina de higiene realizada de modo adequado reduz o risco de corrimentos, irritações e até infecções que podem causar impactos na saúde da mulher”, esclarece o especialista. São medidas simples que ajudam a manter a saúde, como a limpeza diária com água corrente e sabonetes neutros ou específicos para higiene íntima, sem fragrâncias e hipoalergênicos.
Não recomendada, a ducha higiênica ou lavagem interna é altamente prejudicial à saúde íntima feminina. “A ducha remove toda a proteção natural do canal vaginal e da vulva, deixando a área mais susceptível ao ataque de microrganismos que podem causar infecções ginecológicas”, explica Airton Ribeiro. “A higienização deve ser feita apenas na área externa. Nunca fazer limpeza do canal vaginal, não usar sabonete e nenhum tipo de produto na vagina. Nem água. Qualquer limpeza no local vai alterar as defesas naturais da flora vaginal”, alerta.
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As roupas também são uma questão importante. “É fundamental trocar a roupa de praia por peças secas, evitando ficar com o biquíni molhado no corpo. Evitar também trajes muito apertados, preferindo os mais ventilados e evitar peças íntimas de materiais sintéticos, que podem causar alergias e irritações na região, optando sempre pelas de algodão”, reforça o médico.
“Em casos de sintomas, como coceira, odor, corrimento, vermelhidão, ardor local ou para urinar, dor durante relações sexuais ou qualquer outro desconforto persistente na região, é fundamental que a mulher busque imediatamente uma consulta com seu ginecologista”, finaliza o diretor da CAM.
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