Feira de Santana

HGCA pode se sobrecarregar nas festas de fim de ano por causa de demissões, diz diretora

A diretora geral da unidade, Inalva Sapucaia, afirma que hospital não vai parar as atividades por causa das demissões, mas, admite que as dificuldades irão surgir em diversos setores.

Williany Brito

Após a demissão, na última terça-feira (19), de 108 servidores contratados pela Prefeitura de Feira de Santana, que atuavam no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), a unidade pode sofrer com a sobrecarga de atendimentos nas festas de final de ano. Dezembro é considerado, pela diretora geral da unidade, Inalva Sapucaia, um mês “problemático”, e com as demissões, pode ficar ainda pior.

A diretora afirma que hospital não vai parar as atividades por causa das demissões, mas, admite que as dificuldades irão surgir em diversos setores.

– No primeiro momento, a saída desses 108 trabalhadores pode parecer pequena diante dos 2 mil funcionários que o Clériston tem. Todos os demitidos, estavam locados na assistência a saúde do município dentro do hospital. Vamos estreitar as escalas que já estão prontas para dezembro. É um mês problemático, por conta das grandes festas. Vamos ter que utilizar os profissionais que temos. Vai haver a sobrecarga de horas, mas será compensada de alguma forma. O que não vamos deixar é que a assistência sofra qualquer tipo de continuidade.
 
Inalva Sapucaia não nega que a atitude do Prefeito Tarcízio Pimenta pegou de surpresa a direção da unidade e o governo do Estado, já que o Termo de Coopreração estará em vigência até maio de 2011, além da Secretaria Municipal de Saúde receber mensalmente uma verba estabelecida a partir deste acordo. Segundo ela, o Município passou a receber no seu teto de verbas para a saúde em torno de R$ 160 mil depois de celebrado o Termo de Cooperação, justamente para subsidiar esses vínculos com profissionais locados em unidades do estado.

– Segundo a nota liberada pelo secretário (Jorge Solla), existe um repasse mensal em torno de R$160 mil mensais do Ministério da Saúde para o município, que assegura o pagamento dos salários, por conta desse pacto feito entre a prefeitura de Feira com o Governo do Estado. Acredito que esse valor vem para o município com essa destinação.


Acordo não poderia ser “quebrado”

Em nota pública, o secretário Jorge Solla, afirmou que a medida, além de prejudicar o atendimento à população, é irregular, e sem validade legal. Solla informou que um PCEP é um acordo celebrado entre entes públicos, que só pode ser alterado, aditivado ou encerrado após a nova pactuação entre as partes interessadas e nas instâncias adequadas para a formalização deste documento, ou seja, na CIB. 

A diretora do HGCA, Inalva Sapucaia, afirmou que o acordo entre a Prefeitura Municipal de Feira de Santana e o Governo do Estado não poderia quebrado.

– Nós queremos esses funcionários novamente, pois é uma coisa que interessa e beneficia o HGCA, além das famílias que ficaram penalizadas com as perdas. O acordo não poderia ser quebrado.

Para o deputado estadual Zé Neto, que propôs uma reunião com o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM) para discutir a situação, as demissões são “um tiro no próprio pé” da administração municipal. De acordo com o parlamentar, os R$ 169 mil, referentes ao pagamento dos servidores da prefeitura no HGCA, não podem ser gastos com outra finalidade.

– Acredito que há desinformação do gestor sobre o assunto, já que este dinheiro é referente a um pacto entre o município, o estado e o SUS, que deve ser aplicada exclusivamente no pagamento do pessoal. (As informações são do repórter Ney Silva, do programa Acorda Cidade)

 

 

 

 

 

 


 

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