Feira de Santana

HDPA avança em serviços prestados à comunidade com transplantes renais, cirurgias ortopédicas e cardiovasculares

Os transplantes na Santa Casa de Misericórdia também são realizados através da Central Estadual de Regulação.

Hospital Dom Pedro de Alcântara / Santa Casa de Misericórdia
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em junho deste ano, o Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), em Feira de Santana, registrou 370 transplantes realizados na Santa Casa de Misericórdia.

O 370º transplante foi marcado de forma emocionante, em que envolveu mãe e filho. Maria Betânia Marques, 62 anos de idade, doou um dos rins ao filho Cleiton Marques de Jesus (relembre aqui).

O provedor da Santa Casa de Misericórdia, Rodrigo Matos, esteve na manhã de quinta-feira (10) no Programa Acorda Cidade para destacar os avanços que a unidade vem desenvolvendo ao longo dos anos.

Segundo ele, cerca de 48 transplantes são realizados dentro de um ano.

“Transplante renal é uma obra social, gigantesca que a Santa Casa faz desde o ano de 2015, mas em 2022 e 2023, nós reestruturamos o transplante, incorporamos outra equipe de nefrologia, mantivemos a equipe de excelência de urologia e hoje estamos a todo vapor. Ontem por exemplo, ao sair de uma reunião médica, eu passei nas enfermarias para dar uma olhada, e lá estava uma jovem de 16 anos, que foi transplantada, estava feliz, estava satisfeita porque vai deixar de fazer os procedimentos de hemodiálise, somos a unidade que mais fazemos transplante renal. Hoje nós fazemos um transplante por semana, o que é um volume muito grande, dando cerca de 48 transplantes por ano, mas a nossa meta é fazer até cinco transplantes por mês, aumentando este número para até 60”, informou.

De acordo com o provedor, diante dos altos números de acidentes de trânsito, isso promove que os transplantes sejam realizados.

“A gente sabe que infelizmente vivemos em uma sociedade em que o trânsito é caótico, e muitos jovens possuem órgãos viáveis para serem doados e se eternizam através da vida de outras pessoas. Muitos pacientes apresentam mortes encefálicas e que possuem critérios para a doação, o que faz ter uma oferta muito grande e possibilitando que outras pessoas possam viver bem melhor com qualidade de vida”, destacou.

Os transplantes na Santa Casa de Misericórdia também são realizados através da Central Estadual de Regulação.

“Não decidimos quem vamos transplantar, existe uma fila de regulação também, para que este procedimento seja feito. O transplante de órgãos é um desafio, mas a Bahia tem uma política de incentivo de transplante de órgãos e que incentiva não só o transplantes de rim, mas também o transplante de fígado dentre outros transplantes”, afirmou o provedor.

Ortopedia

Somente no Hospital Dom Pedro de Alcântara, cerca de 1.000 cirurgias ortopédicas já foram realizadas.

“Nós conseguimos executar aproximadamente 1.000 procedimentos cirúrgicos de pacientes que quebraram o braço, quebraram a perna e lá na Santa Casa, foram operados e tiveram o restabelecimento na sua anatomia, a sua funcionalidade. Eu posso dizer que este número ainda é tímido para a nossa capacidade instalada dentro do centro cirúrgico. No final deste mês, nós tivemos a aquisição de um novo arco cirúrgico que foi cedido pela Sesab, e com isso nós poderemos aumentar a nossa capacidade de execução de cirurgias, então podemos aí fazer cerca de 1.500 até 2.000 cirurgias”, afirmou.

Residência Médica de Cardiologia

Ao Acorda Cidade, o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Rodrigo Matos, informou que uma residência médica de cardiologia foi implantada na unidade.

“Nós tivemos grandes novidades lá na Santa Casa, como a implantação de uma residência médica de cardiologia. Temos um fluxo muito grande não só no Clériston Andrade, mas também toda a região centro-leste, pois somos referência para toda esta região, são 72 municípios que precisam da Santa Casa para fazer cateterismo, e nós hipertrofiamos o serviço. Eu posso dizer com muito orgulho que nunca fizemos tanto cateterismo cardíaco, como estamos fazendo agora, e principalmente para o SUS, o Sistema Único de Saúde”, disse.

Segundo Rodrigo Matos, cerca de 10 procedimentos de cateterismo são realizados por dia, mas é necessário passar pela Central Estadual de Regulação.

“Quando o paciente sente algo estranho, uma dor no peito e se dirige para uma policlínica, para uma UPA, o médico verifica que é algo relacionado a cardiologia e coloca já na tela da regulação. A partir deste momento, o paciente vai lá para a Santa Casa fazer o procedimento, é uma desobstrução com a chamada angioplastia e o paciente é tratado no mesmo momento, porque quando envolve a vida, precisa ter resolutividade”, concluiu.

Leia também: História comovente marca 370º transplante da Santa Casa: mãe doa rim para filho que se submete ao 2º transplante

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