Neste domingo, 10 de março, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, uma data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar a atenção da população sobre as graves consequências causadas pela falta de exercícios físicos, e incentivar práticas que elevam a qualidade de vida e previnem doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
Segundo a OMS, um terço da população mundial adulta é fisicamente inativo e o sedentarismo mata cerca de cinco milhões de pessoas anualmente. Somente no Brasil, o sedentarismo atinge 70% da população e cerca de 300 mil pessoas morrem por ano devido a doenças associadas ao sedentarismo.
Em Feira de Santana, um grupo se reúne diariamente para praticar atividades físicas ao ar livre, no estacionamento do Clube de Campo Cajueiro, vizinho à faculdade Unef, no bairro Subaé. O treino acontece de terça a sexta a partir das 6h. A reportagem do Acorda Cidade conversou com o professor de Educação Física Joab Gilsan. Segundo ele, o projeto tem cerca de cinco anos no novo espaço.
“Nós temos aqui, cerca de cinco anos, mas nós começamos o projeto ali próximo do viaduto do Portal da Cidade, foi quando surgiu este espaço, nós avaliamos, gostamos e aqui estamos. Eu sempre digo que não somos um grupo, somos uma família, estamos sempre dispostos a ajudar, não somente as pessoas do grupo, mas qualquer pessoas que chega pedindo ajuda aqui”, contou.
Joab declarou que não há idade para participar do grupo e enfatizou a importância de evitar o sedentarismo.
“O público daqui não tem idade definida, é quem tem disponibilidade. Nós temos aqui por exemplo, um garotinho de 8 anos, assim como uma senhora de 83. O sedentarismo faz parte daquela pessoa que não tem atitude, não pratica educação física, muito acomodada, só pensa no trabalho e na casa. É necessário praticar atividade física, nem que seja apenas uma caminhada. Só o fato da pessoa sair de casa, praticar uma atividade, ajuda muito, mas não só isso vai combater o sedentarismo”, declarou.
Segundo o professor, as atividades são realizadas de segunda a sábado de forma gratuita.
“Estamos aqui de segunda a sábado, o custo é zero, é só ter a disponibilidade para participar. Muitos moradores dos bairros Brasília, Subaé, Tomba, João Durval, Parque Lagoa Subaé, estão aqui conosco nessas atividades”, contou.
A dona de casa Sueli Miranda contou à reportagem do Acorda Cidade que já faz parte do grupo há 10 anos. Segundo ela, foi por orientação médica.
“Eu já faço parte deste projeto há cerca de 10 anos e quando não venho, faz falta durante o dia. O médico cardiologista recomendou que eu fizesse exercício físico, então peguei gosto e estou até hoje. Minha pressão arterial hoje é normal, colesterol baixou e jamais deixarei de praticar atividade física, não tenho do que reclamar”, afirmou.
Adiel Guimarães Araújo também faz parte do projeto. Segundo ele, após iniciar a prática de atividade físicas, o colesterol normalizou.
“O projeto faz bem para a saúde, eu por exemplo, tinha problema de colesterol alto e normalizou. Tinha problema de arritmia cardíaca, normalizou e pretendo continuar aqui até Deus permitir. A indicação que eu posso compartilhar, é que façam atividade física, foi o médico que recomendou e hoje estou bem, melhorou até a vida sexual”, disse.
Gilson Pereira Borges, 55 anos, é maratonista. Ao Acorda Cidade ele destacou que não se deve procrastinar a vontade de começar.
“Hoje eu sou maratonista, mas posso dizer que já estou idoso, vou fazer 56 anos, faço uma média de 15, 20km e posso dizer que nunca é tarde para aprender. A saúde melhora com a atividade física, então esse lance de que está fazendo frio, que só faz atividade no verão, esqueça, o importante é acordar e estar bem de vida, esporte é tudo. Aqui no grupo nós temos um exemplo, a pessoa chegou com 120kg e hoje está pesando 75kg, barriga de tanquinho”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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