O recente anúncio da gravidez de Claudia Raia e do marido Jarbas Homem de Mello trouxe à tona um assunto que já muda a vida de muitas pessoas no Brasil e no mundo: a gravidez na maturidade.
A atriz já havia revelado que estava fazendo reposição hormonal para aliviar os sintomas da perimenopausa, período em que os ovários começam a reduzir a produção de alguns hormônios, o que pode ter deixado alguns seguidores da famosa confusos sobre a gravidez. Porém médicos ressaltam que a perimenopausa não impede a ovulação e até mesmo a gravidez natural.
Por muito tempo, a medicina defendeu que o melhor período para a gravidez seria entre 18 e 35 anos da pessoa com útero. A ideia é que essa fase da vida trazia menos riscos para a integridade da pessoa gestante e para o futuro bebê. Entretanto, o avanço da medicina e os fatores socioculturais fazem com que cada vez mais casais optem por uma gravidez mais tarde.
Em alguns casos, a busca por uma estabilidade financeira ou o investimento na carreira pode fazer com que os planos de passar por uma gestação sejam adiados, chegando à faixa dos 40 ou 50 anos de idade.
Dos estudantes da faculdade de medicina aos profissionais de outras áreas, a ideia de ver pessoas mais velhas carregando um bebê (às vezes, o primeiro bebê) está cada vez mais comum, e exige um novo olhar da sociedade para essas questões. Seja pelos cuidados com a saúde da pessoa gestante e do bebê, ou para garantir uma melhor aceitação social, é essencial que o debate seja feito com cada vez mais membros da sociedade.
Cuidados com a saúde
Apesar de ser considerado raro, é possível engravidar durante a perimenopausa. Porém é preciso que o útero esteja saudável e o corpo receba alguns cuidados, começando preferencialmente antes da gestação.
O primeiro passo é a prática de exercícios físicos adequados. Evitar esforços muito grandes e procurar por atividades que não sejam de grande impacto ajudam o corpo a se fortalecer, além de evitar riscos para a saúde do bebê e da pessoa gestante. Atividades como dança, pilates, yoga, treinos aeróbicos, caminhada e até mesmo musculação podem ser muito benéficos, ajudando o corpo a aguentar todas as mudanças da gravidez.
Além disso, especialistas também indicam um cuidado maior com a alimentação. Evitar alimentos pesados e dar preferência a algo leve e cheio de nutrientes pode ser um excelente caminho para evitar desconfortos e prover ao organismo tudo o que ele necessita. Em alguns casos, o uso de suplementação alimentar também pode ser necessário.
A mudança nos hábitos é algo essencial para esse período, especialmente quando a pessoa gestante não segue algumas recomendações. Além de evitar o sedentarismo, é preciso abandonar o tabagismo e o consumo de álcool e outras drogas que prejudicam tanto o desenvolvimento do bebê quanto atrapalham o organismo da pessoa gestante nesse momento.
Evitar o estresse é outra recomendação importante de médicos e outros especialistas. Afinal, o estresse libera substâncias que causam desconforto para a pessoa gestante e o bebê, além de acelerar alguns processos que prejudicam o desenvolvimento intrauterino. Por isso, é essencial que a pessoa gestante esteja em um momento seguro e confortável, tanto física quanto psicológica e emocionalmente.
O acompanhamento de profissionais, principalmente se forem especialistas em gravidez na maturidade, também é algo que pode transmitir mais confiança e gerar os melhores resultados.
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