Gabriel Gonçalves
O aumento da população idosa no Brasil nos últimos anos chama atenção sobre a qualidade de vida do idoso e a importância de cuidar do corpo e da mente para ter um envelhecimento saudável.
De acordo com a geriatra Vanessa Arata, para chegar a terceira idade de forma saudável, é indicada a prática regular de atividades físicas, a exemplo de caminhadas e também a adoção de dietas mais equilibradas e ricas em nutrientes.
Foto: Arquivo Pessoal
"Pedimos que os idosos evitem gorduras, alimentos industrializados e priorizem os alimentos naturais. Além disso, tomem, as vacinas disponíveis na prevenção contra a gripe e pneumonia. O tabagismo em conjunto com o consumo de bebidas alcoólicas nessa idade, também pode prejudicar o processo de envelhecimento saudável", afirmou Vanessa em entrevista ao Acorda Cidade.
Para quem pratica caminhada ou dança como atividade física além de auxiliar no melhor condicionamento físico, as duas modalidades são grandes aliados na saúde mental. Vanessa Arata, frisou que na fase da terceira idade, é fundamental que os idosos evitem estresse e busquem o bem estar.
"É bom lembrar que os idosos não são aqueles acima de 70, 80 anos de idade, a terceira idade já inicia a partir dos 60 anos, e ainda tem muitos idosos que estão na ativa, trabalhando e precisam combater o estresse. É preciso encaixar na rotina do dia a dia e priorizar a prática de exercícios físicos”, comentou
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Pandemia
Por conta da pandemia, muitos idosos deixaram de praticar atividades físicas sob orientação de especialistas e ficaram mais tempo em casa. Segundo Vanessa, a prática de atividade física por conta própria pode se tornar um risco para o idoso.
"Eu atendo pacientes desde 60 anos de idade até pacientes com mais de 100 anos, e na maioria dos casos, estes idosos conseguem praticar atividades físicas, principalmente a caminhada. Mas, nesse período de pandemia, muitos idosos por receio, ficaram em casa e por conta própria realizam as atividades físicas. Isto pode trazer lesões articulares, como por exemplo nos joelhos, nos tornozelos, nos ombros e acaba sendo um pouco tenebroso", acrescentou
A médica Vanessa Arata, relatou ainda que neste período de distanciamento social, os idosos sentem a falta dos familiares e muitos ainda não conseguem substituir a presença do contato físico pelo contato virtual.
"A pandemia tem trazido muitos impactos sobretudo na vida dos idosos, e muitos não conseguem fazer essa substituição da presença física dos familiares pela presença virtual. Alguns possuem dificuldades em fazer a operação nos aparelhos telefônicos, aplicativos. Muitos possuem dificuldades em poder enxergar, ouvir, e isso causa limitações. Impossibilitando esse contato virtual, essa conexão se torna difícil e isso gera um distúrbio de ansiedade, preocupação excessiva, depressão, tristeza e é prejudicial na saúde mental", concluiu Vanessa.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
