Saúde

Férias de verão: especialista faz alerta para riscos de doenças no ouvido nesse período e como evitá-las

Caso a dor fique intensa e a pessoa esteja longe de casa ou de um hospital, o ideal é fazer uso de algum analgésico via oral que a pessoa já tenha costume, e que não tenha alergia.

Foto: Divulgação
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As férias chegaram e o momento mais aguardado pelas crianças e jovens traz um mar de opções para ocupar as horas vagas. Porém, os dias que vêm associados a brincadeiras com água, seja com os famosos banhos de mangueira no quintal, sejam os mergulhos em rios, piscinas e o mar, tudo isso pode acarretar em problemas associados a doenças relacionadas ao ouvido e, consequentemente, muita dor de cabeça para os pais, mães e cuidadores, principalmente, durante as viagens. De acordo com o otorrinolaringologista Sandro Torres, para evitar doenças do ouvido, como a otite externa, sinusite, amigdalite, faringite e corpos estranhos (nariz e ouvido), por exemplo, o primeiro passo antes de qualquer viagem é mesmo uma visita ao otorrino. Mas existem outros cuidados a serem tomados.

Segundo o especialista, a otite é uma inflamação no ouvido frequente neste período do ano, principalmente pelo fato de que não há como fugir desses momentos de lazer que envolvem os banhos de mar, rios ou piscina sem manter as precauções necessárias, bem como a exposição por um grande espaço de tempo. “Vale lembrar que existe também a otite média aguda, a qual é uma doença originada de vírus e bactéria. Esta ocorre com maior frequência em crianças entre seis e 36 meses de idade. É muito importante, então, que estas crianças não fiquem com os ouvidos úmidos”, alertou Dr. Sandro Torres, acrescentando que, se os ouvidos permanecerem molhados após um banho de mar ou piscina, é possível que haja uma inflamação, como a otite externa, que é um problema mais comum.

Um outro motivo que pode causar dores no ouvido ao ter contato com a água é o acúmulo de cerume, popularmente chamado de cera, pois esse líquido pode irritar a pele do canal auditivo o que geralmente provoca dor e inflamações. Além disso, se a cera estiver muito endurecida, o seu deslocamento tocando no tímpano e na pele do canal auditivo pode provocar a sensação de pressão, dando também a sensação de ouvido entupido. “Por isso que o ideal mesmo é fazer a limpeza desse ouvido antes da viagem”, alertou o otorrino.

Outro alerta importante feito pelo médico especialista é que, caso entre água no ouvido, a pessoa não use nenhuma medicação, pois pode predispor a inflamações mais intensas, bem como não utilize produtos como álcool, água quente ou algo parecido no ouvido para desentupir ou fazer com que a água saia. “O ideal é esperar a água sair sozinha. Caso a dor fique intensa e a pessoa esteja longe de casa ou de um hospital, o ideal é fazer uso de algum analgésico via oral que a pessoa já tenha costume, e que não tenha alergia. Além disso, não deve manipular o canal auditivo com nada, nem com cotonetes, nem com palitos, nem com grampos, nada, ou colocar as chamadas soluções caseiras milagrosas indicadas por parentes ou vizinhos. Isso pode causar danos no canal auditivo e também na própria audição”, alertou.

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