Laiane Cruz
Conforme decreto publicado nesta terça-feira (29) no Diário Oficial do município de Feira de Santana o uso de máscara de proteção contra a covid-19 deixa de ser obrigatório em locais abertos. A medida foi justificada pelos baixos índices de contaminação que a cidade vem apresentando e o fato do número de internamentos em leitos clínicos e de UTI ter chegado a zero nas unidades municipais de saúde.
Nas ruas de Feira de Santana, o assunto ganhou foco e as opiniões entre os feirenses se dividem. Se por um lado, muitas pessoas já não utilizavam as máscaras em ambientes ao ar livre, mesmo com a determinação em vigor, por outro há pessoas que não pretendem abrir mão do equipamento de proteção individual tão cedo.
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Foto: Paulo José/Acorda Cidade
O sapateiro Edvaldo Souza informou, em entrevista ao Acorda Cidade, que mesmo com o decreto municipal instituindo o uso de máscaras em locais abertos, ele não tinha o hábito de utilizá-las, colocava apenas em ambientes fechados, a exemplo dos ônibus coletivos.
“Geralmente não uso máscara, só quando entro em ônibus. Hoje em dia, só utilizo em ambientes fechados. Eu acho que em local público não deveria obrigar. Desde o início da pandemia, não utilizo em locais abertos”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Também atuando como sapateira na Praça do Senadinho, na Avenida Getúlio Vargas, Daiane Santana afirmou ao Acorda Cidade que, como trabalha em um local aberto e bem ventilado, não era costume utilizar a máscara contra a covid-19, apenas quando havia muitos clientes em frente ao espaço.
“Como eu trabalho em local público, não costumo usar. Uso em lugares fechados, locais privados. Como eu trabalho onde a ventilação é boa, eu não utilizo, a não ser quando chegam muitos clientes de vez, então coloco para atender. Em locais públicos, eu não vejo necessidade do uso de máscara, agora em locais fechados e privados, sim, pois é um vírus e é um ambiente propício a ele se proliferar, porque não tem circulação de ar”, opinou.
Na opinião dela, a população deve sim continuar utilizando o equipamento facial em ambientes fechados. “Eu acho que a gente ainda tem que continuar a usar em ambientes fechados. Se eu for em determinado local fechado, eu levo a minha máscara. Mas quando saio, tiro.”
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Já o aposentado Joselito Macedo dos Reis frisou que vai continuar usando a máscara, mesmo após a liberação da prefeitura.
“Uso a máscara diariamente, na rua, em qualquer lugar. Se eu chegar em um restaurante para almoçar, não dá para usar, mas quando termino uso logo. Eu acho que não é hora de liberar. O governo está um pouco equivocado, não é o momento ainda de ficar sem a máscara. É a única proteção que nós temos, junto com a vacina. Eu uso, nunca tive nada, e se eu tiver que fazer um percurso de dia na feira, não tiro para nada”, contou ao Acorda Cidade.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Opinião que também é compartilhada pela dona de casa Elizabete dos Anjos. Ela acredita que mesmo em locais abertos como o centro da cidade precisa utilizar a máscara.
Em lugares que eu vejo que tem poucas pessoas eu não uso, mas como no centro da cidade a gente trafega com muita gente, é necessário usar máscara. Eu congrego em uma igreja que todos que participam usam máscara. Tem que usar, até agora ninguém disse para a gente que a covid acabou. Quem gosta de mim sou eu mesma, então vou continuar usando a máscara para eu me prevenir. Toda vez que a gente assiste aos jornais, falam que ainda tem pessoas morrendo por causa da covid. Cada um de nós tem que ter a responsabilidade de cuidar de si e do próximo”, avaliou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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