Indicador positivo

Feira de Santana registra queda nos casos de HIV e Aids em 2024, mas índice ainda é alto

Vanessa Sampaio, coordenadora do CSE, ponderou que apesar da redução no número de diagnósticos, a população deve sempre se manter em alerta.

HIV
Foto: Divulgação

Até o início deste mês de dezembro, 316 novos casos de HIV e Aids foram diagnosticados em Feira de Santana, cerca de 20% a menos que o número registrado em todo o ano de 2023.

casos dengue
Foto: Gráfico

Vanessa Sampaio, coordenadora do Centro de Saúde Especializado (CSE), unidade de referência para o diagnóstico de HIV/Aids no município, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que o surgimento de novos diagnósticos é considerado estável. Quando a análise é feita de forma isolada, considerando os meses de maior incidência, os dados indicam uma queda. Apesar disso, o índice ainda é alto.

mulher
Vanessa Sampaio, secretária de Saúde de Feira de Santana | Foto: Ney Silva Acorda Cidade

“Chama a atenção que em determinados meses, em que intensificamos as testagens e conseguimos captar mais casos, notamos uma diminuição. Neste ano tivemos 65 casos de Aids e 251 de HIV. Comparando com o ano passado, foram 94 de Aids e 305 de HIV”.

A coordenadora destacou que pesquisas constantes sobre a doença e o vírus têm contribuído para reduzir os impactos pós-diagnóstico. Vanessa ressaltou que hoje uma pessoa com Aids/HIV pode levar uma vida normal, desde que siga os cuidados necessários, tome a medicação regularmente e mantenha o acompanhamento médico especializado.

“Não podemos banalizar a questão de viver com o HIV, porque é desafiador. A pessoa precisa de vigilância, mas é possível. Temos pacientes com carga viral indetectável, algo que no início da epidemia parecia impossível. Naquela época, um diagnóstico positivo era praticamente uma sentença de morte. Graças a Deus hoje não é mais assim”, afirmou.

centro de saúde
Foto: Ney Silva Acorda Cidade

Prevenção Combinada

A coordenadora do CSE explicou que além do fornecimento de preservativos, que também previnem outras IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), a unidade oferece dois tratamentos para a chamada prevenção combinada.

“Realizamos a Prep (profilaxia pré-exposição), que consiste no uso contínuo de medicamentos para evitar a infecção pelo HIV, e a PEP (profilaxia pós-exposição), utilizada após uma relação sexual consentida, como no rompimento do preservativo. O paciente pode procurar nosso serviço até 72 horas para realizar a PEP. Essas medidas oferecem maior segurança na prevenção”, detalhou.

Suporte no diagnóstico

Vanessa Sampaio ponderou que apesar da redução no número de novos diagnósticos, a população deve sempre se manter em alerta. Ela explicou como os pacientes que desejam fazer testes para IST’s podem buscar atendimento no CSE.

“O paciente pode vir até aqui sem necessidade de requisição médica. Basta informar que deseja fazer o exame para HIV, AIDS, sífilis ou hepatites virais. Após o teste, se houver resultado positivo, o paciente será acolhido em nossa unidade e começará o acompanhamento necessário”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Daniela Cardoso

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