Feira de Santana

Feira de Santana registra números baixos de Zika, dengue e Chikungunya, mas população deve manter a prevenção, diz enfermeira

Sandrea destacou que se as pessoas sentirem qualquer sintoma da dengue, devem se dirigir a uma unidade de saúde.

Dengue
Foto: Raul Santana/Fiocruz

A cidade de Feira de Santana vive uma endemia das arboviroses Zika, Dengue e Chikungunya com números bem abaixo dos que foram registrados no primeiro trimestre de 2024. Ano passado a cidade viveu uma pandemia com 10 pessoas mortas por causa dessas doenças. Mas apesar de poucos casos confirmados este ano, as pessoas precisam estar atentas para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite essas doenças. Uma preocupação das autoridades em saúde na Bahia é a possibilidade do sorotipo 3 da dengue chegar ao estado.

“Em 2024 vivemos uma grande epidemia de dengue, com casos altíssimos, agora estamos vivendo uma endemia, que é quando a doença faz seu curso normal. Então os números estão baixos e diminuindo. Esse ano não tivemos casos de óbitos também. No primeiro trimestre de 2025, tivemos 643 casos notificados, desses 103 deram positivo para dengue e o resto foi descartado. Em 2024, nesse mesmo período, nós já tínhamos uns 3.000 casos”, afirmou a enfermeira Sandrea Costa, referência em arboviroses pela secretaria municipal de saúde.

Sandrea Costa zika, dengue e chikungunya
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Segundo ela, as arboviroses mais comuns em Feira de Santana são dengue, Zika e Chikungunya, sendo a dengue a que mais chama atenção, porque é a que se agrava mais e pode levar à morte. Ela afirma ainda que esse ano Feira de Santana registrou sete casos confirmados de Chikungunya e um de Zika.

Apesar dos números baixos, Sandrea destaca a importância da população manter os cuidados e afirma que a Vigilância também segue trabalhando na prevenção e combate das arboviroses.

“A gente da vigilância não descansa, a gente vê que os números estão diminuindo e estamos treinando os profissionais, realizamos faxinaço e intensificamos a vacina, que é muito importante. A população tem que ser aliada da vigilância, não adianta tratar se não combater o foco”, afirmou.

Sorotipo 3

A enfermeira Sandrea Costa também chamou atenção para o sorotipo 3 da dengue. De acordo com ela, o sorotipo 3 é disseminado também pelo mosquito Aedes aegypti e está próximo da Bahia, porém ainda não tem casos registrados em Feira de Santana, o que, segundo ela, é um risco muito grande.

“A última vez que teve casos na Bahia foi em 2017, então a população está vulnerável, porque uma vez que a pessoa tem o tipo 1 ou 2 ela não pega de novo e assim ocorre com o sorotipo 3. A população de Feira já foi bastante contaminada com o 1 e 2, então a maioria não tem mais risco de pegar esses tipos. Porém tem o risco de pegar a 3 e vir uma epidemia maior que a do ano passado”, explicou.

Sandrea destacou que se as pessoas sentirem qualquer sintoma da dengue, devem se dirigir a uma unidade de saúde.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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