Gabriel Gonçalves
Nesta segunda-feira (14), é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue e tem início a Campanha Junho Vermelho que tem como objetivo incentivar o espírito de solidariedade, quanto a doação, conscientizando as pessoas que este ato, pode salvar inúmeras vidas.
Para Márcia Almeida, assistente social da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), de Feira de Santana, que fica localizado ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), celebrar o dia 14 de junho, é agradecer a participação de todos os colaboradores que fazem desse dia melhor para aqueles que necessitam de uma transfusão de sangue.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Esse dia é muito importante, principalmente pelo reconhecimento do doador. Hoje 14 dia de junho, é o dia de estarmos celebrando e agradecendo aos nossos doadores, ainda mais nesse Junho Vermelho, o mês de incentivo da doação de sangue. Temos muitos pacientes que precisam desse apoio aqui em Feira de Santana e nós fornecemos bolsas de sangue para dois grande hospitais, como o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e o Hospital Estadual da Criança, unidades que trabalham com urgências e emergências, além de cirurgias eletivas. No HEC por exemplo, existe a demanda de pacientes com câncer, pacientes com anemia falciforme, tem a questão também da transfusão programada e por esse motivo, é necessário que haja a doação para realizar esse fornecimento das bolsas de sangue", destacou.
Atualmente o estoque de bolsas de sangue no Hemoba é considerado crítico. Segundo Márcia Almeida, a demanda está aumentando cada vez mais após a pandemia.
"O nosso estoque de bolsas de sangue passa por um momento crítico, a demanda está crescente no Hospital Estadual da Criança, está crescente no Hospital Geral Clériston Andrade e com isso, nossa demanda aqui na unidade, também aumenta. Em contrapartida, o número de doadores tem sido pequeno desde o início da pandemia, o que tem deixado o estoque abaixo do ideal", relatou ao Acorda Cidade.
Quem pode doar sangue?
De acordo com a assistente social, pessoas entre 16 a 60 anos de idade, desde que as pessoas com 16 e 17 anos, precisam estar acompanhadas de pais ou responsáveis.
"Para doar sangue, a pessoa deve ter entre 16 e 60 anos de idade. Quem tem 16 e 17, precisa estar acompanhado dos pais ou responsáveis, para que se tenha uma assinatura do termo. É necessário comparecer aqui em nossa unidade portando documento de identificação oficial com foto e estar em boas condições de saúde, estes são os critérios básicos para a doação", explicou.
Com quem frequência posso doar sangue?
Segundo Márcia, a frequência para doação de sangue é diferente entre homens e mulheres. Ela destacou qual o tipo de sangue que mais está ausente no estoque do Hemoba.
"Os homens podem estar doando no intervalo a cada dois meses, já as mulheres precisam manter um intervalo de três meses. Estamos tendo muitas dificuldades com os negativos de modo geral, como o O-, A-, B-, todos estes, tem sido necessários aqui e temos uma demanda pequena. Já estamos necessitando dessas bolsas muito antes do período junino, porque sabemos que sempre aos finais de semana, acontece algum tipo de acidente, o Clériston Andrade sempre está com uma demanda grande, então estamos todos os dias com grande volume significativo de transfusões", explicou.
Para realizar a doação de sangue ou obter novas informações, as pessoas podem entrar em contato pelo número (75) 3614-1556.
A estudante Sara Souza, informou a reportagem do Acorda Cidade que realiza a doação de sangue há mais de um ano e relatou que parar cerca de 1h do dia, pode beneficiar a vida de muitas pessoas.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Eu já faço essa ação há mais de um ano e de cinco em cinco meses, eu venho aqui doar sangue, até porque pela informação que tenho, as mulheres podem doar até três vezes no ano e os homens, quatro. Esse gesto da doação de sangue, pode salvar muitas vidas, então parar uma hora do seu tempo, está ajudando muita gente e por esse motivo considero como importante", disse ao Acorda Cidade.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
De acordo com a enfermeira e coordenadora do Banco de Sangue do IHEF, Josilda Brandão, durante o período de pandemia, as doações tiveram grande redução. Ela afirmou que existem pacientes aguardando até quatro dias para uma transfusão.
"Estamos em uma fase muito difícil passando por uma pandemia e as pessoas continuam precisando de sangue, não só do sangue, mas também dos componentes sanguíneos. As vezes tem pacientes que aguardam até quatro dias para receber uma bolsa de sangue e nós estamos até adiando cirurgias, fazendo o que podemos e até mesmo o que não podemos, tirando de um, colocando em outro, adiando uma cirurgia, realizando outra mais urgente e de modo geral, os bancos de sangue, estão em uma situação bastante crítica", alertou.
O Banco de Sangue do IHEF, atende o município, inclusive as unidades públicas como o HGCA. Segundo Josilda Brandão, uma bolsa pode salvar até quatro vidas e o sofrimento só sabe quem necessita ter uma transfusão.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Nesse período do São João, todos os cuidados devem ser mantidos, porque sabemos dos acidentes que acontecem, principalmente com fogos de artifício, as pessoas tiram férias, viajam e nosso município possui um grande entroncamento rodoviário que faz com que necessitemos dessas doações de sangue. Com apenas uma bolsa, podemos salvar até quatro vidas e isso é muito importante. Nós atendemos de modo geral todos os hospitais, UPAs, Policlínicas e atendemos 57 hospitais do interior da Bahia. Então temos um contingente muito grande de pessoas aqui em nossa cidade, com uma população em mais de 600 mil habitantes", concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade