Saúde

Especialista alerta: pessoas com sintomas de dengue não devem demorar para fazer exame

Em Feira de Santana, o procedimento para detectar se o paciente está ou não com dengue é ofertado de maneira gratuita

Mosquito da dengue
Foto: Creative Solutionist/Pixabay

Qualquer pessoa que esteja com sintomas característicos da dengue, a exemplo de dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar e febre devem fazer o exame para diagnóstico da infecção. O alerta é da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia.

Ela ressalta que a dengue pode matar e relata que a procura pelo exame tem sido baixa e isso dificulta saber o real cenário do município.

“A dengue pode matar de forma rápida quando não há diagnóstico clínico precoce para fazer a intervenção, por isso a necessidade de procurar uma unidade de saúde e também realizar a testagem. É fundamental que a pessoa com suspeita inicie de forma imediata a hidratação oral, por meio de água e líquidos claros como chás e sucos, e procure uma unidade de saúde para receber orientações”, destacou.

Onde fazer o exame gratuitamente

Em Feira de Santana, o procedimento para detectar se o paciente está ou não com dengue é ofertado de maneira gratuita, no Ambulatório Municipal de Infectologia e no Centro de Saúde Especializada Dr. Leone Coelho Lêda (CSE), de segunda a sexta-feira. O atendimento é feito por ordem de chegada.

Pela manhã, os exames são efetuados das 7h30 às 11h30. À tarde, de 13h30 até às 16h. Vale destacar que os procedimentos são realizados somente com requisição, que é emitida após avaliação nas unidades de saúde.

De janeiro a outubro, Feira de Santana registrou 2.344 casos de dengue, sendo 259 com sinais de alarme, 11 graves e quatro óbitos.

SINTOMAS

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta > 38°C;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.              

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

SINAIS DE ALARME

Os sinais de alarme são caracterizados principalmente por:

  • Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • Hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • Letargia e/ou irritabilidade;
  • Hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
  • Sangramento de mucosa;
  • Aumento progressivo do hematócrito.

A fase crítica tem início com o declínio da febre (período de defervescência), entre o 3° e o 7° dia do início de sintomas. Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa fase. A maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade capilar. Essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque, por extravasamento plasmático. Sem a identificação e o correto manejo nessa fase, alguns pacientes podem evoluir para as formas graves.

Os casos graves de dengue são caracterizados por sangramento, disfunções de órgãos ou extravasamento de plasma. O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido pelo extravasamento. Ocorre habitualmente entre o 4º e o 5º dia – no intervalo de 3 a 7 dias de doença –, sendo geralmente precedido por sinais de alarme. Mulheres grávidas, crianças e pessoas mais velhas (acima de 60 anos) têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença. Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos.

Com informações da Secom Feira de Santana e do Ministério da Saúde

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