Enfermeiros de unidades básicas cruzam os braços em protesto contra atraso de salários

Alguns enfermeiros que trabalham em Unidades Básicas de Saúde de Feira de Santana, se concentraram em frente a Secretaria Municipal de Saúde na manhã desta terça-feira (21), para protestarem contra o atraso do pagamento dos salários.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Dart Class Cerqueira, que é representante sindical da categoria, informou que o pagamento deve ser feito até o quinto dia útil do mês, mas até o momento, nada foi pago.

“Hoje eu fui convocada pelos trabalhadores da enfermagem que trabalham nas unidades de atenção básica, e o que eles relatam, são as demandas principais, como o atraso dos salários, hoje dia 21, e esses trabalhadores não receberam os seus salários, sendo que o salário venceu no quinto dia útil, e além dessa demanda, não tem reajuste salarial. Existe diferenciação de auxílio alimentação de diferentes empresas, trabalhadores da mesma função sendo pagos de forma diferenciada, então essas são as principais pautas, além das condições de trabalho”, contou.

De acordo com a representante, a informação dada, é que a prefeitura ainda não tinha feito o repasse para a empresa.

“A empresa nos relata que não houve o repasse por parte da prefeitura. Então a gente não sabe de quem realmente é a culpa, se é da empresa ou a prefeitura que ainda não repassou, mas acredito que a maior responsabilidade, tem que ser da empresa que contratou todos estes trabalhadores e precisa garantir o salário de todo mundo. Até então, o município de Feira tem três empresas relacionadas à área da saúde, mas a reinvindicação do pessoal aqui, é com a empresa Imaps. Algumas pessoas estão relatando também que muitos profissionais estão sendo demitidos a cada seis meses, não possuem férias garantidas e estamos lutando com esta terceirização, porque infelizmente estas empresas não querem garantir os direitos trabalhistas”, explicou.

Segundo Dart Class, o objetivo do grupo, é tentar o diálogo com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Britto.

“Estamos aqui para tentar o diálogo com o secretário, para que ele também possa apoiar esta classe que se dedicou tanto durante a pandemia e que está trabalhando com péssimas condições. Iremos ficar aqui, nem que pelo menos, ele possa receber uma comissão para conversar. A nossa classe é grande, são mais de 300 trabalhadores, estas pessoas precisam do auxílio alimentação, vale transporte que foi retirado, e que pelo menos, ele tenha o bom senso de conversar com a gente”, concluiu.