Feira de Santana

Diretor do HGCA garante atendimento de neurocirurgia; nova equipe já está formada

O diretor do Clériston, Carlos Pitangueira, elogiou os médicos que saíram e disse que a nova equipe também é muito boa.

Andrea Trindade

A nova equipe de neurocirurgiões do Hospital Geral Clériston Andrade iniciou os atendimentos nesta quarta-feira (1º). A nova equipe foi formada após renomados médicos que integravam o grupo anterior, formado há mais de 30 anos, terem deixado o setor no hospital. Eles alegam condições precárias de trabalho, já o diretor do hospital Carlos Pitangueira, disse que houve desavenças entre duas equipes. Em entrevista ao Acorda Cidade, o diretor afirmou que a população pode ficar tranquila porque não ficará sem o atendimento de neurocirurgia e destacou que o serviço de neurologia clínica (responsável, por exemplo, pelo atendimento de pacientes que sofreram AVC) não foi afetado pela decisão dos médicos.

"Existiam dois grupos de neurocirurgia no Hospital Clériston Andrade, um plantão de segunda, terça e quinta, e outro de quarta e sexta. Então houve uma briga dentro da minha sala entre dois membros. Se o Clériston não prestasse, foi dada a outra equipe o plantão de quarta e da sexta e o pessoal não aceitaria, mas aceitou. Houve uma dificuldade nas consultas porque um grupo disse que no contrato não tinha consulta. Eu acho um absurdo você operar alguém e depois largar ao léu. Mas não houve um entendimento. Sempre tive um bom relacionamento com eles. Hoje temos um problema de falta de antibióticos, mas é por causa da pandemia. Esse problema tem 60 dias, todo mundo sabia, e o paciente não pode ficar 60 dias sem revisão porque não está no contrato. Nas outras especialidades também não constam, mas ninguém se nega a fazer", explicou.

O que diz a equipe de médicos

O coordenador da equipe que saiu, Cleanto Lacerda, disse ao Acorda Cidade que não tem problemas com o diretor do hospital nem com outros colegas e que o pedido da saída evitaria um desgaste ao longo do tempo. Ele disse ainda que o motivo da saída não tem relação com discussão com a outra equipe.

"Sobre o atendimento aos pacientes que tiveram alta, eles eram atendidos no ambulatório do HGCA onde o contratado é Dr Luís Carlos Fernandes (Sesabiano). Ele está afastado por problemas de saúde (licença) desde julho e não foi contratado ninguém para o seu lugar, não sendo verdade que nós nos recusamos a atender estes pacientes”, esclareceu.

O diretor do Clériston, Carlos Pitangueira, elogiou os médicos que saíram e disse que a nova equipe também é muito boa. Ele também contou que um dos problemas enfrentados pela unidade é a falta de antibiótico, mas é um problema de distribuição causado pela pandemia, todos os hospitais estão enfrentando problemas semelhantes. Por outro lado, segundo ele, não está faltando material para cirurgias.

“O novo grupo já assumiu e são muito bons também. A equipe que está saindo é de excelência, só tinhas profissionais bons, quem pediu pra sair foram eles. A gente está com dificuldade com antibióticos, então vai sair todo mundo do hospital? Estou providenciando. Ninguém está entregando antibiótico em lugar nenhum, vai brigar todo mundo por isso? Mas quero dizer que o grupo que chegou é muito bom, e que não foi eu que tirei ninguém de lá. O Clériston Andrade é muito maior que eu e muitos médicos. Eu não tenho nada a ver com isso. Não está faltando material para cirurgia, e os equipamentos que quebraram não foram de propósito, quebrou porque usou e quebrou. O único problema que tive com eles foi o das consultas, porque eu não iria deixar o paciente solto. Sempre tivemos bom relacionamento.

O neurocirurgião Eduardo Potírio vai comandar o novo grupo, com profissionais de Feira e outras cidades. Alguns já atuam no Clériston Andrade.

Leia também: Exclusivo: equipe de neurocirurgiões deixa o Hospital Clériston Andrade; nova equipe iniciará nesta quarta (1º)
 

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