Saúde

Diretor do HGCA explica sobre ocupação de leitos de UTI para covid-19 e outras doenças

De acordo com ele, existem dias em que todos os leitos ficam lotados e não há vagas e por isso alguns pacientes são regulados para Salvador.

Rachel Pinto

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, concedeu uma entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (28) e explicou como está a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital tanto em relação a pacientes de covid-19, como em relação a pacientes com outras comorbidades.

De acordo com ele, existem dias em que todos os leitos ficam lotados e não há vagas e por isso alguns pacientes são regulados para Salvador.

“Hoje, dos 30 leitos de UTI e, temos 24 ocupados. Na ala amarela, de 14, temos 9 ocupados. Ontem mesmo, não tinha vaga nenhuma. Amanhecemos ontem, com todos os leitos ocupados. Surgiu vaga, a gente ocupa”, comentou.

Pitangueira declarou que serão abertos a partir desta semana no HGCA, 20 leitos para pacientes com comorbidades diversas. Ele frisou sobre o número de pacientes vítimas de acidentes de moto, que ocupam muitas vagas no HGCA e defendeu a realização de blitze para amenizar o problema.

Transferimos uma senhora, que estava há quatro, cinco dias aguardando a vaga de UTI. Ela estava com hemorragia e a gente não conseguia resolver porque são tantos acidentes de moto, que quando você pensa que vai vir alguém, a pessoa do acidente ocupa a vaga. Alguém que já está há cinco dias esperando a vaga, por exemplo, a pessoa acidentada precisa ir pro lugar e fica uma situação difícil para a gente”, pontuou.

O diretor do HGCA voltou a comentar que boa parte dos leitos ocupados, principalmente aos fins de semana são de pessoas vítimas de acidentes de moto e também destacou que tem ocorrido muitos internamentos relacionados aos idosos, fraturas de fêmur e outros ossos, em decorrência principalmente de quedas.

“Muitas quedas continuam, precisamos ter cuidado com nossos idosos, muitas quebraduras de fêmur de idosos por conta das quedas à noite. Não podemos deixar o idoso sozinho porque ele pode escorregar. Nós podemos, imagine os idosos que já possuem problema de locomoção. Os acidentes que superlotam o hospital e quando informaram que caiu a liminar proibindo que fossem presos carros e motos, comecei a ficar preocupado porque as blitzes ajudavam. A sociedade tem que entender que a blitz é necessária. Se você dirige moto sem ter documento, não há possibilidade. Todo mundo tem que ter documento”, concluiu.

José Carlos Pitangueira finalizou a entrevista parabenizando todos os servidores públicos do HGCA e comentou sobre uma programação comemorativa que foi realizada para a categoria nesta quarta-feira (28).

“Muito obrigado a todos funcionários do HGCA, porque eu e toda a diretoria, devemos o sucesso que estamos tendo a todos vocês. Inclusive, sem escolha de profissão, nem de funcionário. Ontem também, fizemos uma homenagem aos aposentados, porque esses deram muito gás. Deram 30 anos trabalhando por Feira de Santana, através do serviço pelo Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA)”, finalizou.
 

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