Feira de Santana

Diretor do HGCA afirma que cirurgias eletivas simples foram suspensas para preservar pacientes

Pitangueira explicou que essa atitude é uma forma de cuidado e de proteção para que os pacientes e profissionais não sejam contaminados pela covid-19.

Rachel Pinto

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, comentou em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta terça-feira (5), sobre a decisão publicada ontem (4), pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), referente a suspensão das cirurgias eletivas em algumas unidades de saúde do estado.

Pitangueira explicou que não serão feitas as cirurgias eletivas simples, ou que não são de urgência e essa atitude é uma forma de cuidado e de proteção para que os pacientes e profissionais não sejam contaminados pela covid-19.

“O que puder esperar vai esperar. Estamos cuidando dos pacientes. Um paciente oncológico grave, um paciente que tenha uma situação de urgência, a cirurgia será feita. Mas o que for eletiva simples, vai esperar. A suspensão é cuidado. Para evitar que o paciente entre andando no hospital e saia no caixão”, disse.

O diretor pontuou ainda sobre as filas para cirurgia no hospital e sobre os atendimentos de emergência que influenciam nos atendimentos clínicos. Ele relatou que somente no último final de semana deram entrada no HGCA, 31 pessoas acidentadas por moto, 22 pessoas vítimas de queda, 17 pessoas mordidas por animais e 19 pessoas vítimas de acidentes de carro.

“São muitas pessoas que chegam com fraturas expostas e quando chega um paciente desse, o outro que aguarda o leito para a cirurgia eletiva tem que esperar. No dia 31 de dezembro, nossa equipe de seis cirurgiões operou várias fraturas expostas, de 23h30 da noite até 5h30 da manhã do outro dia”, afirmou.

Pitangueira declarou ainda que os leitos clínicos para covid-19 no HGCA estão com 95% de ocupação e os leitos de UTI com 96%. Ele pediu que as pessoas não desacreditem da doença, pois ela pode se apresentar de forma grave e trazer muitos problemas. 

“É preciso que as pessoas vejam que estamos em uma pandemia. Que se cuidem, usem a máscara, o álcool em gel e se protejam”, concluiu.  

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