O Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH) de Feira de Santana promoveu, na manhã desta terça-feira (14), uma programação especial em alusão ao Dia Mundial do Diabetes.
Com serviços gratuitos, a população teve a oportunidade de ser avaliada com psicólogo, assistente social, nutricionista, atendimento com massoterapeuta, corte de cabelo, entre outras atividades.
A dona de casa Ana Maria Santana dos Santos, 64 anos, foi uma das beneficiadas com o serviço. Ao Acorda Cidade, ela contou que não é diabética, mas aproveitou para realizar alguns exames.
“Eu não sou diabética, mas vim aqui buscar serviços e graças a Deus, fui bem atendida. Fiz o teste de glicemia e deu tudo normal, cortei meu cabelo, fiz maquiagem, gostei de todos os serviços”, contou.
Andrea Silva é coordenadora do CADH. Segundo ela, um dos principais objetivos da ação realizada nesta terça-feira, foi rastrear na população, pessoas que possuem risco de desenvolver o diabetes.
“Hoje nós estamos tendo muitos atendimentos. Médico endocrinologista, cardiologista, avaliação odontológica, tivemos avaliação do fundo do olho com o pessoal da Clihon, massoterapeuta, corte de cabelo, avaliação do capilar. Tivemos também atendimento com nutricionista, assistente social, psicólogo e equipe de enfermagem fazendo a realização do rastreamento para ver se a pessoa tem um risco leve, médio ou alto de desenvolver o diabetes”, explicou.
De acordo com Andrea, a população não está mantendo um cuidado com a própria saúde.
“Infelizmente a gente tem um aumento considerável de pessoas doentes pelo diabetes, e o que a gente observa, é que infelizmente está havendo um descuido da sua saúde, as pessoas estão desenvolvendo o diabetes mais precocemente e isso tem agravado. Se a pessoa se tratar bem, tiver um controle adequado, viverá sempre bem. Essa é a dificuldade, porque muitas vezes as pessoas, além de não saber, sabem e não valorizam”, contou.
Ao Acorda Cidade, a médica endocrinologista, Suzete Matos, informou que a doença é crônica, levando muitas complicações.
“É uma doença crônica que se caracteriza por glicemia elevada. Glicemia elevada significa açúcar no sangue, e isso a gente vai ver. É uma doença muito frequente, atinge muitas pessoas. É uma doença que leva a complicações crônicas, severas, e que requer tratamento. Então, a importância da gente ver hoje um evento desse, muita gente chegando aqui sem saber que tem a doença com glicemia alta, glicemia 260, 300. A gente precisa chamar a atenção que é uma doença que pode ser prevenida diante das complicações que ela pode chegar”, explicou.
Segundo a médica, o índica normal da glicemia em jejum é entre 70 e 99. Já a glicemia entre 100 e 126, é caracterizado como pré-diabético, já acima deste valor, o paciente já é considerado como diabético.
“Muitos pacientes pré-diabéticos podem permanecer muito tempo. Pode até não vim a evoluir para o diabetes, mas a maioria geralmente vai evoluir. A gente tem o diabetes 1 e o diabetes 2. A doença é silenciosa no diabetes tipo 2, já no tipo 1, não, porque se apresenta de uma forma muito aguda, o paciente começa a estar urinando muito, bebendo muita água, então, aparece dessa forma, muito brusca. Já o 2 não, é a forma silenciosa, o paciente passa muito tempo e perde a oportunidade de fazer a prevenção e de não ter complicação”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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