O contato simples com a poeira, cheiros intensos ou até mesmo a mudança de clima podem desencadear uma crise de asma em um período curto de tempo. Isso porque a doença respiratória crônica é caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores, levando ao fechamento dos brônquios.
Nesta terça-feira (7), é comemorado o Dia Mundial da Asma, e a data reforça a importância do cuidado e conscientização para a doença, que acomete mais de 20% da população do Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
Sobre as principais características da asma e a diferença entre a doença e a rinite alérgica, o Acorda Cidade conversou com o médico pneumologista, Ivan Júnior. Além de falar sobre o conceito de asma, o médico também explicou os principais sinais que a doença pode apresentar.
“A asma é uma doença crônica que afeta as vias aéreas principalmente os brônquios e provoca como sinal principal aquele chamado chiado no peito, o sibilo e isso ele vem em crises geralmente, ou tem também situações em que o indivíduo tem um pouquinho mais de dificuldade de ter o diagnóstico até quando ele não tem esse sibilo. Mas, apresenta um pouquinho de cansaço com esforços, ao sorrir ele tem também falta de ar e é uma doença que limita o paciente em algumas atividades”, disse.
Conforme o médico, a asma também pode estar associada às infecções respiratórias virais e podem apresentar também casos de rinite alérgica ou sinusite.
“A asma geralmente vem associada com a rinite e às vezes pode elevar a quadros de sinusite. Mas os principais sintomas são esse chiado no peito, a falta de ar ao fazer esforço, ou principalmente quando a pessoa tem contato com poeira, mofo, alguns agentes inalatórios com odores fortes e às vezes também com a mudança do tempo o indivíduo apresenta essas crises. Essas crises muitas vezes são tão intensas que o leva à emergência, a rinite geralmente está mais associada com a coriza, espirro, que pode ocorrer também no contato com essas substâncias. A sinusite geralmente é um quadro mais agravado da rinite com um catarro, uma secreção mais amarelada, nasal. A asma está mais associada a esses contatos de agentes inalatórios e a rinite também. A sinusite está associada com a afecção causada por uma bactéria e essa bactéria causa esses quadros que chegam a levar à febre e a necessidade de uso de antibiótico”, relatou.
Tratamento e prevenção
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A asma e a rinite podem ser controladas através de tratamentos específicos como a utilização de medicamentos ou descongestionantes nasais.
Questionado sobre as formas de prevenção da asma e da rinite, Ivan Júnior reforçou que manter ambientes limpos de poeira e utilizar máscaras em determinados locais podem reduzir as chances de agravamento de doenças respiratórias.
“A asma e a rinite são tratadas de forma um pouquinho parecida com um tipo de remédio, a medicação inalatória para asma geralmente é pela boca, inalação. A rinite é uma medicação geralmente mais nasal, apesar de que hoje tem alguns medicamentos em comprimido e tem até medicações injetáveis, que são os imunobiológicos para situações bem mais graves, asma ou rinite de intensidade bem maior. E nisso, o paciente precisa também além do uso do medicamento, de cuidados, como deixar a casa com o menor quantidade possível de poeira, fazer uma higienização adequada, evitando alguns produtos tipo cortinas que acumulem poeira, ou até às vezes uma cortina de plástico ou de outro material que não promova esse contato com a poeira e também evitar, a depender do trabalho, o contato com odores muito fortes. O uso de EPIs, equipamentos individuais, como máscaras adequadas, vai ajudar, o paciente vai conseguindo voltar a sua atividade normal”.
Ao apresentar os principais sintomas da asma, como dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito ou respiração curta e rápida, a recomendação é procurar atendimento médico o quanto antes. O pneumologista finalizou ainda reforçando as dicas para a prevenção e cuidado da asma.
“O paciente tem que primeiro procurar o médico para ter o diagnóstico de asma. Ele também tem que manter as consultas posteriores, seguir a orientação dada pelo médico em relação aos remédios a serem utilizados. Além disso, esses cuidados que eu acabei de falar, de higienização da casa, geralmente usar um pano úmido para passar no chão em vez de usar uma vassoura porque ela levanta poeira. Evitar aglomerações de ambientes onde tenha risco de infecções respiratórias que são desencadeantes de crise também e alguns outros ambientes onde a poeira seja muito acentuada, ou a não ser que, em necessidade extrema, ele pode ir nesses ambientes e utilizar máscaras ou outros mecanismos de proteção”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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