Laiane Cruz
Com a pandemia o uso do álcool em gel, além do uso de máscaras, tornou-se um item indispensável na proteção contra o vírus da covid-19. No entanto, o uso excessivo do produto pode trazer danos à saúde das mãos.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a médica dermatologista Helga Clementino, informou que o álcool em gel neste momento pandêmico traz muito mais benefícios do que malefícios, porém se usado de forma incorreta, ele pode agredir as mãos.
“As mãos precisam estar sempre muito bem hidratadas para que elas recebam de maneira correta aquele álcool gel e isso não cause nenhum tipo de sensibilização, alergia ou irritação pra pele. É necessário, não só a utilização de um bom hidratante, de preferência branco e sem fragrância, mas também a forma como se lava as mãos, deve ser com um sabão com menos detergente. Depois que eu lavo, eu hidrato minha mão, para aí sim passar o álcool gel”, orientou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Em relação à perda de impressões digitais, a dermatologista explicou que todo produto químico oferece riscos quanto a isso, e pode dificultar a identificação por digitais.
“No caso da perda definitiva das impressões digitais é raro. A gente consegue reverter isso se tomarmos as medidas corretas, como uso de luvas em atividades domésticas, evitar entrar em contato com água sanitária. Tudo que a pessoa puder fazer para agredir menos a mão vai ajudar na recuperação das impressões digitais. Lavar as mãos com mais frequência e uso excessivo podem gerar dificuldades de leitura pelas impressões digitais. Os produtos químicos são muito fortes e muito mais alcalinos. Eles são realmente muito mais agressores para a pele do que o álcool em gel. E os trabalhos domésticos, todos devem ser realizados com o uso de uma luva de proteção”, esclareceu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade