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O Centro de Atendimento Psicossocial João Carlos Lopes Cavalcante (Caps3) realizou mais de 14 mil atendimentos em 2018. A unidade possui 8 mil pacientes cadastrados com os mais variados transtornos, os principais casos envolvem esquizofrenia, bipolaridade e depressão.
De acordo com a coordenadora da unidade, Renata Bittencourt, a depressão é a causa mais comum entre os pacientes que procuram a unidade pela primeira vez para atendimento. Ela observa que a maioria são mulheres com faixa etária entre 28 e 50 anos, que desenvolvem o transtorno por não conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, motivos de violência, abandono ou relacionados a traição amorosa.
“A depressão moderada a grave é um estopim para casos de suicídio ou bipolaridade. Então se o paciente chega com depressão e abandona o tratamento ou a família não contribui para a continuidade desse, de dois a três meses esse caso pode se agravar”, ressalta.
Segundo Renata, ao chegar a unidade os usuários passam por uma triagem e são atendidos por uma equipe multidisciplinar. Os casos mais simples, como insônia, inquietação e depressão leve são redirecionados para Atenção Básica, hoje preparada no município para atender a demanda. Já os casos contundentes, onde o paciente apresenta sintomas mais severos, são acolhidos e encaminhados para os tratamentos necessários, como acompanhamento psicológico, medicamentoso ou terapêutico.
“Possuímos a Atenção Básica preparada para nos dar apoio no acompanhamento de alguns pacientes em relação a saúde mental. Além disso temos a disposição cinco Caps no município, o paciente pode procurar o que corresponde a área de abrangência a qual ele reside. Para as crianças e adolescentes temos a disposição o Caps i e o Caps AD para o tratamento relacionado a álcool e drogas”, informa.