Dependentes químicos

Cresce o número de adolescentes que procuram tratamento no Caps ad em Feira

Criado em 2003, o Centro de Apoio Psicossocial Dr. Gutemberg de Almeida (CAPS ad) é destinado aos cuidados a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas. De acordo com a coordenadora, Carolina Carvalho, tem crescido o número de jovens que buscam o serviço.

Williany Brito

O Centro de Apoio Psicossocial Dr. Gutemberg de Almeida (CAPS ad), único núcleo especializado no cuidado a dependência química pela Secretaria de Saúde de Feira de Santana, é destinado aos cuidados a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas ilícitas ou não. Dos 3.500 pacientes, cerca de 500 são adolescentes.
 
Ao mesmo tempo em que há várias pessoas viciadas, existem outras que desejam parar de usar drogas, mas não sabem como. O CAPS recebe pessoas a partir dos 12 anos, residentes em Feira de Santana, com sofrimento psíquico decorrente do uso, abuso e dependência de álcool e outras drogas e que desejam fazer o tratamento. Mas a psicóloga e coordenadora do CAPS, Carolina Carvalho, afirma que já existem casos no município em que crianças de 8, 9 anos fazendo uso de drogas. 

– A gente tem percebido muito o uso de cola entre as crianças moradoras de rua e, apesar dos adolescentes serem mais difíceis de aderir o tratamento, tem crescido o número de jovens que buscam o serviço, principalmente os usuários de drogas ilícitas. As mais procuradas pelas elites são a maconha, o crack e a cocaína.

De acordo com a psicóloga, o adolescente ele vem encaminhado pela família, pelo Conselho Tutelar, pelo Juizado ou por alguma unidade de saúde do município, acompanhado, sempre, pelo responsável.

Carolina Carvalho: "Não cobramos nada pelo tratamento" "

– Não cobramos nada pelo tratamento, apenas pedimos uma cesta básica, que não é obrigatório, para ser doada entre os próprios pacientes que necessitam de ajuda.

Tratamento

A proposta do trabalho, segundo a especialista, é utilizar a estratégia da “dedução de danos”, não tendo a abstinência como única meta viável e possível. Trata-se de uma estratégia de saúde pública, que visa minimizar as possíveis consequências adversas do consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas sem necessariamente interromper o uso.

O CAPS conta com uma equipe interdisciplinar composta por médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeira, assistente social, terapeuta ocupacional, musicoterapeuta, professor de educação física, oficineiros de teatro e artes, técnicas de enfermagem e equipe de apoio. As atividades acontecem diariamente, havendo atendimento individual (quando necessário), atendimentos em grupos, oficinas terapêuticas de artes, dentre outras atividades.

São vários os horários de atendimento do CAPS: segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas. Às quartas-feiras, das 13 às 19 horas, as atividades para o público externo são suspensas para a realização de reuniões de equipe, estudo de caso e atividades de capacitação e formação continuada.

A coordenadora avisa que os interessados em realizar o tratamento podem ligar para (75)3625-3378 ou ir diretamente ao CAPS, localizado na rua Prudente de Moraes, 170, bairro Ponto Central. (Com informações de Ed Santos, do programa Acorda Cidade)
 

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