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Alguns países asiáticos, especialmente a China, foram colocados em alerta após o surgimento do misterioso covid-19 (também conhecido como coronavírus anteriormente), que já infectou algumas centenas de pessoas e matou dezenas. Por conta disso, quem tiver comprado passagem de ônibus e avião para viagens para o exterior, receberá avisos sobre a situação do país de destino.
Alguns especialistas, inclusive, pedem para que as pessoas evitem viajar para a China, Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Vietnã, Singapura, Tailândia e Estados Unidos, por serem países que tiveram casos confirmados da contaminação. Já em países com suspeita (Canadá, México, Colômbia e Brasil), é recomendado evitar visitas.
O coronavírus
O vírus 2019-nCoV, chamado popularmente de covid-19, ainda é um mistério para os médios e estudiosos. Não se sabe ao certo sobre sua origem, mas há a suspeita de que a fonte primária seja animais, apesar de humanos também o transmitirem.
As autoridades chinesas acreditam, até então, que o vírus tenha começado a circular em um mercado de frutos do mar, localizado na capital da província da China central, Wuhan. Não se sabe, ainda, qual espécie de animal foi infectada, mas estudos feitos por pesquisadores apontam que o surto pode ter se iniciado com cobras.
Esta é uma das cepas do vírus que, originalmente, é o responsável pelos resfriados humanos. Ele costuma circular, também, em camelos, gatos e morcegos. Geralmente, em animais, não costuma haver evolução do vírus, a não ser que ocorra uma mutação e, assim, surja uma nova cepa.
No caso da China, estudiosos analisaram que a mutação que originou o 2019-nCoV foi uma combinação de dois vírus da mesma família, sendo um deles comumente presente em morcegos. Porém, isso não anula as chances de uma pessoa infectada transmitir a doença para outro ser humano.
Sintomas
O vírus atinge todo o sistema respiratório do contaminado. Tudo pode começar com um resfriado comum, mas, se evoluir, apresenta febre alta, acompanhada de aperto no peito, falta de ar, tosse e, até mesmo, dificuldade para respirar. Algumas vítimas do 2019-nCoV tinham líquido nos pulmões, configurando uma pneumonia viral.
Diagnóstico
No caso de suspeita de contaminação, são coletadas duas amostras de material respiratório por meio de aerossolização, que é a indução de escarro ou aspiração das vias aéreas. Uma amostra é enviada, com urgência, para o Centro Nacional de Influenza, e a outro para análise metagenômica. Com isso, os exames detectarão o RNA viral.
Tratamento
Por ainda ser uma doença desconhecida, não há um tratamento exato para o covid-19. O que se recomenda, especialmente em caso de suspeitas, é repouso, consumo de muito líquido, medicamentos para febre e dor e medidas para alívio de dores de garganta, como umidificadores e banhos quentes.
Não se sabe, também, quais as maneiras de prevenção exatas, mas, por se tratar de um vírus que atinge o sistema respiratório, especialistas recomendam que as pessoas lavem muito bem as mãos e se hidratem, tanto com consumo de líquidos, quanto com o uso de umidificadores de ar. Evite, ainda, locais fechados.
Casos suspeitos no Brasil
No Brasil, houveram cinco casos suspeitos de covid-19, mas a contaminação do vírus foi descartada, levando em consideração os sintomas, que eram apenas similares aos da 2019-nCoV.