Feira de Santana

Coordenador de Endemias diz que há subnotificação de dengue e chikungunya em Feira de Santana: 'Pessoas não estão indo aos postos'

Os bairros com maior número de casos notificados de dengue foram o Parque Ipê (20), Rua Nova (16) e Mangabeira (14).

Laiane Cruz

A Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana (Viep) registrou até o dia 9 de junho deste ano 96 casos positivos de dengue, 31 de chikungunya e cinco casos de zika. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Os bairros com maior número de casos notificados de dengue foram o Parque Ipê (20), Rua Nova (16) e Mangabeira (14). Com relação à Chikungunya, os bairros com mais notificações foram Parque Ipê, Gabriela e Tomba, com 4 notificações cada. Já em relação à Zika, o SIM liderou a lista com duas notificações.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
 

De janeiro a junho de 2020, foram 2.781 casos confirmados de dengue em Feira de Santana, e de Chikungunya foram 3.615 casos confirmados, em todo aquele período.

De acordo com Edilson Matos, coordenador de Endemias do município, percebe-se que está havendo uma subnotificação dos casos suspeitos e confirmados em relação a essas doenças, pois a população não está indo até os postos de saúde para relatar os sintomas, em decorrência da pandemia. “As pessoas precisam buscar os postos de saúde para que haja o registro. Por conta da Covid as pessoas não estão indo”, afirmou Edilson em entrevista ao Acorda Cidade.

De acordo com o coordenador do órgão, mesmo com a pandemia, os agentes de endemias continuam fazendo o trabalho de saúde nas casas. No entanto, ele ressalta a importância da população manter os cuidados em suas residências e nos bairros.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Muitas pessoas ainda jogam lixo aleatoriamente nas ruas, deixam pneus jogados e não cobrem seus tanques. Os agentes de endemias continuam fazendo o trabalho de casa em casa, mas com um diferencial, pois hoje o agente só entra na casa quando tem uma entrada ao lado. Não tendo, o agente de endemias passa as recomendações ao morador de como deve fazer em sua casa. Mas o trabalho continua de domingo a domingo e o pessoal faz o trabalho de recolhimento de pneus”, explicou Edilson Matos.

Ele pede que a população colabore com a vigilância mantendo os quintais de suas casas limpos, não deixando vasilhames com possíveis criadouros, e não jogando lixo de forma aleatória na rua.

“Em Feira de Santana a coisa não está boa, mas se as pessoas não estão indo aos postos não vamos ter uma estatística correta. Além disso, temos a dificuldade de acessar as residências, porque a covid coloca medo e estamos vendo a situação se agravando cada vez mais”, destacou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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