Saúde

Conheça mitos e cuidados sobre a harmonização facial

A harmonização é um excelente recurso, mas deve ser feita com base em um estudo detalhado e individualizado do rosto do paciente, visando sempre resultados naturais.

Foto: Divulgação
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A odontologia moderna não se resume mais a apenas cuidar da saúde da boca e dos dentes. Nos últimos anos, os profissionais da área passaram a oferecer outros tipos de procedimentos que impactam na estética, na autoestima e qualidade de vida dos pacientes. A harmonização facial é um dos procedimentos mais procurados, e não só pelos famosos.

A harmonização facial se tornou uma alternativa para quem sente a necessidade de pequenos ajustes no rosto sem intervenção cirúrgica. O procedimento estético reúne diferentes técnicas, como preenchimento, aplicação de botox e de bioestimuladores de colágeno. “Por ser um conjunto de combinados estéticos, a harmonização facial consegue transformar os traços da face e minimizar sinais de envelhecimento”, garante a cirurgiã-dentista Paula Brasil.

Natural de Cruz das Almas e graduada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Paula Brasil, que é mestre em Saúde Coletiva e especialista em Harmonização Orofacial pela Faculdade do Centro-Oeste paulista, destaca a importância da escolha do procedimento ideal de acordo com as necessidades de cada paciente. “O bioestimulador é um deles. Quando aplicado, estimula a produção de colágeno, proteína responsável pela sustentação e firmeza da pele, melhorando a aparência e a saúde da pele, de maneira natural e minimamente invasiva”, explica.

Raio-X da Pele:

A região mais comum onde o paciente começa a notar os primeiros sinais de envelhecimento é a marcação do bigode chinês. A presença de uma bolsa no contorno facial conhecida popularmente como bulldog, devido à semelhança com o aspecto físico do animal, é outra queixa comum. Na consulta, são realizados testes para avaliar o grau de flacidez e definir a quantidade de sessões necessárias para cada paciente. “Após o procedimento, é feita uma massagem vigorosa no local de aplicação para evitar formação de nódulos. Além disso, é orientado a técnica 555. Massagem facial por 5 dias, cinco vezes ao dia, durante 5 minutos”, recomenda.

A especialista lembra que cada pessoa tem um processo de envelhecimento diferente, influenciado por fatores genéticos ou ambientais, bem como hábitos de vida e costumes individuais. “Algumas pessoas acham que deveriam começar os cuidados depois dos 40 anos, mas muitos procedimentos têm caráter preventivo. É o caso do bioestimulador, que funciona como um banco de colágeno”, recomenda.

O procedimento com bioestimulador pode ser feito a partir dos 25 anos, idade em que começa a queda da produção desta proteína responsável pela sustentação dos nossos tecidos. “Depois dos 30, a pessoa já percebe os primeiros sinais de flacidez decorrentes do envelhecimento. O estímulo pode ter um resultado que dura por até dois anos”, acrescenta a profissional ressaltando o cuidado com expectativas a curto prazo. “Tem pacientes que esperam o resultado imediato e é sempre bom lembrar que cada produto tem uma resposta de ação”.

Sensibilidade é fundamental para o profisisonal que atua com rejuvenescimento. Cada pessoa possui traços e características únicas que devem ser consideradas ao indicar e realizar procedimentos. A harmonização é um excelente recurso, mas deve ser feita com base em um estudo detalhado e individualizado do rosto do paciente, visando sempre resultados naturais. “O importante é que as pessoas se sintam bem com a aparência que carregam, além de estarem bem com sua saúde mental. Como profissional, procuro sempre ter um olhar mais amplo do paciente, para contribuir com seu bem-estar de uma forma integral”, finaliza Paula Brasil.

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