Pandemia

Comitê prevê aumento dos casos de covid-19 e mortes a partir da 2ª quinzena de julho em Feira de Santana

A cepa de Manaus é a mais detectada no Município, segundo informações da médica infectologista.

Laiane Cruz

A infectologista Melissa Falcão, coordenadora do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Feira de Santana, afirmou durante entrevista coletiva na terça-feira (22), que os dados estatísticos preveem um número maior de casos e mortes por covid-19 na segunda quinzena de julho, após o período de São João.

“Na véspera de mais um São João, com ou sem comemoração, em seis meses do ano de 2021, estamos sem nenhuma perspectiva de melhora. Ao contrário, há uma previsão dos dados estatísticos de uma piora no nosso número de casos, na segunda quinzena de julho, com o aumento das mortes diárias no país de até três mil mortes por dia, a partir de agosto. Os dados realmente continuam sem ser animadores e precisamos sempre estar reforçando o que precisamos fazer no município e na comunidade pra poder tentar frear isso”, avaliou.

Vale lembrar que a cepa de Manaus é a mais detectada no Município, segundo informações da médica infectologista. A prefeitura informou que propôs à Sesab montar uma unidade do Lacen no Município, para agilizar resultados de exames. Segundo informações do secretário municipal de Saúde, Marcelo Britto, já tem local definido e a documentação já enviada, agora só depende de decisão da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

Com relação às mortes em Feira de Santana, ocorreram até agora 818 mortes. O recorde foi em maio passado, com o registro de 100; em segundo lugar, março deste ano, com 90; e em terceiro, está junho, também deste ano, com 90.

De acordo com Melissa Falcão, o município na tentativa de obter dados para ajudar a controlar a epidemia, junto com a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com a Organização Panamericana de Saúde, com o Lacen, e com a Fiocruz, produziu uma pesquisa de 8 de abril a 18 de maio, onde foram coletadas 1.400 amostras de pessoas da comunidade em locais com grande circulação de pessoas.

Nessa pesquisa, ficou constatada a presença da variante de Manaus, a P.1, em 143 pessoas assintomáticas. Elas foram monitoradas e isoladas pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.

Leia também: Estudo confirma circulação da variante de Manaus em pessoas assintomáticas, no município
 

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