Valdomiro Silva
Um menino de 9 anos de idade, internado há três dias em um hospital público em Valente (cidade localizada a 246 quilômetros da capital, na Região Sisaleira), devido a uma pneumonia, encontra-se em estado grave e precisando com máxima urgência, segundo os médicos, de ser transferido para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A família de Ruan Guilherme Carmo dos Santos aguarda com grande ansiedade pela regulação do garoto a uma unidade especializada de alta complexidade em Feira de Santana ou Salvador, por parte do Governo do Estado, sendo esta uma providência fundamental para lhe salvar a vida. "Estamos em uma verdadeira corrida contra o tempo", diz um acompanhante do menino.
Traqueostomizado e gastrotomizado, Ruan é um paciente mais vulnerável às infecções. Os profissionais do Hospital José Mota Araújo fazem todos os esforços possíveis para manter a estabilidade da criança, enquanto aguardam a disponibilidade de uma vaga em unidade de atendimento capaz de tratá-lo adequadamente.
O sistema de regulação de pacientes para os grandes hospitais é um dos gargalos da saúde pública na Bahia e é alvo de severas críticas por parte da população. A demora na transferência de doentes ou vítimas de acidentes, pela Secretaria Estadual de Saúde, sempre demora bem mais que o normal para um serviço em que a celeridade pode evitar mortes.