Saúde

Com estoque em estado crítico, banco de sangue do IHEF faz apelo à população por mais doações

Segundo a enfermeira Josilda Brandão, coordenadora do banco de sangue, a unidade está passando por grandes dificuldades desde o final do ano passado.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A operadora de marketing Sandra Liomara é doadora de sangue há cerca de 10 anos. Para ela o ato de doar é simples, mas pode salvar muitas vidas.

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“Geralmente quando está tudo ok, doou pelo menos duas vezes ao ano. Me sinto revigorada, é como se houvesse uma renovação do sangue. É bom para a saúde, para o corpo e a mente. É um gesto de empatia”, destacou sobre a importância da doação de sangue voluntária.

Sandra Liomara é doadora no IHEF, onde realiza testes periódicos de anemia. Além de realizar o exame, a operadora de marketing aproveita para praticar a solidariade, pois acredita que algum dia tanto ela como algum parente ou amigo pode precisar.

“Venho aqui para doar, mas podem precisar um parente meu, um pai, mãe, filho. O mundo dá voltas, então você tem que fazer pelo próximo o que gostaria que fizessem com você.”

Apesar de contar com o voluntariado de alguns pacientes, os estoques do banco de sangue do Hief estão em situação crítica, e para alguns tipos de sangue tem estado sempre zerado.

Segundo a enfermeira Josilda Brandão, coordenadora do banco de sangue, a unidade está passando por grandes dificuldades desde o final do ano passado.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Final de ano é muito difícil, e não é diferente aqui no banco de sangue do IHEF. Estamos passando por dificuldade, com todos os tipos de sangue, desde dezembro do ano passado. As pessoas viajam, tiram férias e esquecem de doar sangue. Quem vem doar é quem já está com um parente ou um amigo, precisando para fazer doação. Mas a gente procura atender a todas as pessoas, solicita, liga para vir doar, fazemos um apelo à comunidade nos canais de comunicação, redes sociais, para virem fazer a doação, mas tem pacientes que ficam aguardando dois ou três dias para receber uma bolsa de sangue”, revelou a coordenadora.

Segundo Josilda Brandão, para alguns tipos de sangue, o estoque está sempre zerado e tem pacientes à espera.

“Hoje não temos nenhuma bolsa de sangue AB+, mas temos pacientes precisando. É importante doar sangue, porque a gente salva a vida de pessoas. Eu tenho um paciente aqui que em uma cirurgia cardíaca tomou 146 bolsas de sangue, então é uma quantidade muito grande de sangue que sai do Hief, nós atendemos a uma gama de pacientes muito grande e a solicitação é diária. O banco de sangue funciona 24 horas e a demanda também é 24 horas.”

Para doar sangue, os voluntários precisam estar bem de saúde, bem alimentados e não podem ter comido alimentos gordurosos antes de irem fazer a doação.

“Os doadores também devem estar munidos de documento original com foto e nessas condições ele vai fazer uma entrevista, aferir pressão, ver os sinais vitais e se tiver tudo normal, a enfermeira vai avaliar se nesse dia ele pode doar sangue. Porque nem todas as pessoas podem fazer a doação naquele dia. Se estiver gripado, a pessoa não pode doar, só depois de 7 dias a depender do tipo de gripo que pode retornar para fazer. Existem vacinas que têm prazo, e quem tem pressão alta também doa, desde que a pressão esteja controlada.”

Ela lamentou o fato de a população não incorporar a doação de sangue como parte da rotina.

“A maioria das pessoas que se dirige ao local para doar é porque têm algum parente ou amigo necessitando, como pacientes que vão fazer uma cirurgia, estão em tratamento ou porque sofreram um acidente. Precisamos incorporar no nosso dia a dia, a cada dois meses para os homens ou a cada três meses as mulheres, a doação de sangue. Nós temos as clínicas de hemodiálise que consomem muito sangue, temos a Unacon, que faz tratamento contra o câncer e consome muito sangue, muitas unidades que precisam de ajuda.”

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Conforme Josilda Brandão, o banco de sangue do IHEF funciona de segunda a sexta, de 7h às 17h, e não fecha no horário do almoço. Com a proximidade do Carnaval, a preocupa com o estoque aumenta ainda mais.

“O Carnaval está em Salvador, mas os tratamentos continuam, as cirurgias, e infelizmente têm acidentes. Como já estamos com o estoque baixo isso preocupa muito a gente, devido à grandiosidade da festa na capital.”

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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