Daniela Cardoso e Ney Silva
A vacina contra o vírus da influenza, também conhecida como vacina da gripe, está tendo pouca aceitação em Feira de Santana. A campanha foi iniciada no último dia 10 de abril e vai ser encerrada na próxima sexta-feira (31). Há uma expectativa que o Ministério da Saúde possa prorrogar a campanha.
Em Feira de Santana esperava-se vacinar mais de 200 mil pessoas. A supervisora da Vigilância Epidemiológica da secretaria municipal de Saúde, Neuza Santos, confirma que está havendo pouca aceitação da vacina.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Ainda estamos com uma cobertura abaixo do esperado. Nós já vacinamos até o momento uma média de 84 mil pessoas do público alvo, que corresponde a mais de 235 mil pessoas a ser vacinadas”, informou.
A população que deve ser vacina engloba crianças menores de seis anos, idosos, gestantes, puérpera, pessoas que trabalham no presídio e a população presidiária, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, professores, policiais, pessoas que tenham comorbidade.
Segundo a supervisora, a equipe de saúde percebe que o Brasil todo não tem atingido a meta esperada pelo Ministério da Saúde. A campanha já está se encerrando e, segundo ela, se a meta não for atingida até o dia 31 de maio, a campanha pode ser prorrogada.
“Ainda não temos essa resposta de prorrogação, mas a adesão está baixa em todo o país. Só o estado do Amazonas que conseguiu alcançar a meta até o momento. A Bahia não alcançou e em Feira estamos aquém dos números que precisamos para cobrir essa população. Se depois de atingirmos a meta esperada, que é de 90% do público alvo, vamos abrir a vacinação para outras pessoas, fora do público da campanha”, afirmou.
Neuza Santos lembra que no ano passado a procura pela vacina foi muito mais intensa, com as unidades de saúde superlotadas, pois houve óbito pelo vírus influenza, além de mais de 20 casos confirmados em Feira de Santana. Esse ano não registros na cidade, mas ela alerta que a população precisa da vacinação para ficar protegida.
“Isso não significa dizer que o vírus não está circulando e a população tem que estar imune e protegida. A transmissão do vírus ocorre via oral. Através do contato oral e manual, pode ocorrer a transmissão do vírus, que tem uma facilidade por ser respiratório. A gente percebe também que as temperaturas baixas favorecem essa proliferação desse vírus”, destacou.