Saúde

Cigarros eletrônicos: profissional alerta para os riscos advindos do uso

O fumo dos cigarros eletrônicos causa efeitos nocivos tanto para o usuário quanto para as pessoas ao redor.

cigarro eletrônico ft pixabay
Foto: Sarahjonhson1/Pixabay

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com isso, continua proibida a venda, importação e publicidade de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou pods.

Apesar dessa proibição, nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo no uso desses dispositivos, especialmente entre os mais jovens. De acordo com um levantamento realizado pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), o número de usuários de cigarros eletrônicos no Brasil aumentou 600% de 2018 a 2023, atingindo quase 3 milhões de pessoas.

Apesar de inicialmente parecerem menos prejudiciais em comparação ao cigarro tradicional à base de tabaco, profissionais de saúde alertam que os cigarros eletrônicos podem ser igualmente danosos. Rita Porto, professora de Enfermagem da Estácio, destaca que, inicialmente, acreditava-se que os cigarros eletrônicos poderiam auxiliar no processo de desmame de fumantes, tornando a abstinência menos difícil. No entanto, foi constatado que eles são tão ou mais perigosos que os cigarros convencionais, não sendo mais recomendados para esse fim.

professora Rita Porto
Foto: Divulgação

“Geralmente, eles contêm líquidos aromatizados, com uma variedade de sabores, o que os torna mais atrativos. No entanto, assim como os cigarros tradicionais, também contêm nicotina e outros componentes prejudiciais à saúde”, destaca a profissional.

A professora da Estácio reforça ainda que o fumo dos cigarros eletrônicos causa efeitos nocivos tanto para o usuário quanto para as pessoas ao redor. Entre as consequências estão doenças pulmonares crônicas como bronquite e enfisema, diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), doenças coronárias como angina e infarto, e doenças cerebrovasculares como acidente vascular cerebral.

“Os efeitos são tão graves quanto os do cigarro convencional e podem se manifestar a curto prazo, especialmente entre os jovens, que são os principais usuários desses dispositivos”, explica Rita. “É uma droga, pois cria dependência no usuário e traz diversos malefícios para a saúde. Portanto, é um problema de saúde pública e devemos estar atentos ao seu uso, orientando a população sobre as consequências negativas”, adverte.

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