Danillo Freitas e Laiane Cruz
O Centro de Oncologia Infantojuvenil (COI) do Hospital Estadual da Criança (HEC) completou no último dia 5 de novembro três anos de funcionamento. A data foi comemorada ontem (10) com a realização de brincadeiras, apresentações de palhaços, mágicos e atores amadores.
O serviço de oncologia do HEC é um dos cinco centros da Bahia que atende crianças e adolescentes através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O médico, Bruno Freire, que atua no atendimento aos pacientes oncológicos, diz que a unidade hospitalar conta com uma equipe multidisciplinar para atender aos 275 pacientes que são atendidos pelo departamento, formada por médicos especializados em oncologia pediátrica, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.
“Desses 275 pacientes temos em média 75 que encontram-se fora de terapia. São pacientes que finalizaram o tratamento, mas mesmo assim persistem no serviço de acompanhamento, que geralmente a gente faz até dez anos por ser uma doença grave, maligna e existe a possibilidade de voltar, e essa incidência é maior após o primeiro ano de tratamento", explicou Bruno Freire.
Ele informou que esses pacientes podem chegar ao hospital por meio da regulação ou da emergência. Ele afirma ainda que o serviço hoje tem um oncologista pediátrico de segunda a sexta-feira, e sábados e domingos no esquema de sobreaviso. A cobertura do serviço é feita, desse modo, durante vinte e quatro horas todos os dias.
O médico esclareceu ainda que os principais tipos de câncer hoje que acometem as faixas etárias infanto-juvenis de 0 a 19 anos ainda são as leucemias, seguidas por tumores do sistema nervoso central (tumor cerebral), e em terceiro lugar vem os linfomas.
No aniversário do setor de oncologia do HEC as brincadeiras foram promovidas por voluntários do “Colheita do Amor”.
A coordenadora do grupo, Carine Oliveira, destacou a importância desse trabalho. “Despertamos na sociedade que existem pessoas com problemas maiores que os nossos e estamos aqui com intuído de humanizar e trazer conforto para pacientes, acompanhantes e profissionais que aqui trabalham. Todos fazem parte de uma rede do bem que fala sobre o amor”, disse.
A diretora geral do HEC, Milena Pessoa, falou que o trabalho do voluntário é essencial para o funcionamento do hospital em todos os aspectos da sociedade. Segundo ela, quando se trabalha com saúde, principalmente com crianças, com uma doença que já é tão difícil, como câncer, com muitas internações, o papel do voluntário se torna ainda mais importante, não só para aproximar a sociedade e as crianças, mas para as crianças viverem um pouco de leveza na vida.
"Os voluntários têm uma vivência aqui, não só na área oncológica, mas também na ala pediátrica. Eles têm um envolvimento rotineiro de contação de histórias, de música, teatro. Eles fazem esse trabalho e sem eles a gente não ia conseguir boa parte do que a gente consegue. A gente quer fortalecer e ampliar o papel do voluntariado no hospital em todas as ações que a gente puder utilizá-los nessa parceria", salientou a diretora do hospital.
As informações e fotos são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.