Casos de malária deixam oeste baiano em alerta

Duas pessoas que não tiveram os nomes revelados estão sendo tratadas contra a malária no município de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia.

Duas pessoas que não tiveram os nomes revelados estão sendo tratadas contra a malária no município de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia. Uma delas é gestante e veio de Rondônia; a outra, um senhor de Luanda (Angola). Porém, de acordo com a Vigilância Epidemiológica do Estado, ambos os casos são importados, ou seja, de pessoas que contraíram a doença em outros lugares e chegaram infectados ao município com mais de 60 mil habitantes.

As informações de que na região havia um surto de malária foram descartadas pela coordenadora da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria Estadual da Saúde, Alcina Andrade. Ela disse que, mesmo havendo na região os insetos vetores da doença, como o mosquito Anopheles darling, “a situação está sob controle e não há razão para preocupações por parte da população”. Mais de mil moradores da cidade se propuseram a investigar e retiraram sangue para exames.

As lâminas foram analisadas pela 26ª Diretoria Regional de Saúde e pelo Laboratório Central de Salvador (Lacen). Conforme Alcina Andrade, este procedimento é comum em se tratando de suspeita de malária. Entre estes exames, três foram positivos para dengue. Segundo a secretária municipal da Saúde, Elisa Carvalho, 54 pessoas com febre alta, dores no corpo e mal-estar que moram nas proximidades das duas pessoas com malária foram consideradas suspeitas, “mas em nenhuma delas a doença foi confirmada”.

Doença – Caracterizada por infecção febril aguda, a malária é causada pelo protozoário do gênero plasmodium e transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles darling infectada.

Mesmo não sendo área endêmica para a malária, 82% dos municípios da Bahia possuem alta densidade dos potenciais vetores, “tornando o território vulnerável, o que exige uma vigilância epidemiológica rigorosa”, segundo a coordenadora de vigilância e controle de agravos da Divep, Maria Izabel Xavier. “Em 2009, ocorreram 25 casos, todos importados da região Norte, África e Guiana Francesa”. No ano passado, municípios com mais ocorrências foram Salvador (18), Porto Seguro (3), Teixeira de Freitas (2) e Itabela (2).

A Tarde.

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