Saúde

Caso Celine Dion: neurocientista revela detalhes da síndrome da pessoa rígida

Outros sintomas que também podem caracterizar o distúrbio, que geralmente aparecem entre os 30 e os 70 anos, são: a hiperreflexia e a rigidez muscular axial.

Foto: Reprodução/Instagram
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A cantora Celine Dion, de 54 anos, revelou ter um distúrbio neurológico raro chamado “síndrome da pessoa rígida”.

De acordo com o PhD em Neurociências Fabiano de Abreu Agrela, que já realizou estudos sobre a síndrome, a doença é extremamente rara e afeta duas vezes mais mulheres do que homens e se manifesta geralmente por espasmos dolorosos.

Outros sintomas que também podem caracterizar o distúrbio, que geralmente aparecem entre os 30 e os 70 anos, são: a hiperreflexia e a rigidez muscular axial que pode ainda, progredir lentamente para os músculos proximais dos membros.

Conforme Fabiano, os espasmos são desencadeados, na maioria dos casos, por sensações de medo, estímulos táteis ou auditivos inesperados.

Foto: Divulgação/MF Press Global

“As características funcionais do portador da doença são a marcha lenta, a perda insidiosa da flexibilidade do tronco e, posteriormente, da musculatura dos membros. Fato que leva a dependência de terceiros”, explicou.

Um estudo, publicado na revista científica Cognitions, concluiu que a descompressão medular e radicular por meio da discectomia endoscópica transforaminal foi eficiente em controlar a dor radicular e disfunção neural pela compressão sem apresentar agressões tecidulares, o que poderia ser um gatilho para os espasmos.

Foto: Divulgação/MF Press Global

“A rizotomia A-RF, por sua vez, conseguiu bloquear a entrada de estímulos nociceptivos da artrose facetária que sustentavam uma via de retroalimentação de dor-rigidez-dor. Já a rizotomia P-RF, se mostrou eficiente em modular a dor crônica, possivelmente por múltiplas causas”, diz trecho do artigo.

Por isso, conforme Fabiano, é necessário avaliar diferentes esferas do relato de uma dor crônica. Pois, a dor relatada por um paciente deve ser abordada nos âmbitos biológico, psicológico e social.

“Compreender a multidimensionalidade da dor, pode ajudar a desenvolver estratégias menos agressivas e mais eficientes em pacientes pouco convencionais, como no caso da SPS”, comentou o professor sobre o estudo.

Fonte: MF Press Global

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