As doenças cardiovasculares são as que mais matam em todo o mundo. Debatê-las, abordar novos tratamentos e maneiras de prevenção são ações fundamentais para reduzir essa estatística. Foi isso que fizeram dezenas de cardiologistas neste final de semana em Feira de Santana, quando foi realizada a XXX Jornada de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O evento, que é o maior do interior do norte e nordeste da área, foi realizado na sexta (30) e sábado (01) no auditório do Hotel Ibis.
Médicos, profissionais e estudantes da área de saúde atualizaram os conhecimentos que serão levados para a comunidade. Veterano de todas as edições, o cardiologista Gilson Feitosa destaca a importância do evento e a satisfação por ver crescer a qualidade do atendimento cardiológico na região de Feira. Feitosa afirma que reuniões como as da Jornada estabelecem o compromisso com a adoção dos bons princípios das práticas médicas. A próxima edição já tem data marcada: setembro de 2023.
“Vejo aqui um grupo da cardiologia absolutamente sensível a essas noções. E no momento em que se tem acesso a informações bem consolidadas, elaboradas, discutidas e se escolhe as melhores para aplicar, é a sociedade que ganha”, frisa.
Um dos exemplos de benefício ao paciente, consequente da evolução na cardiologia, é apontado pelo médico André Almeida. Ele ressalta que para a troca de uma válvula do coração, por exemplo, antes era necessária uma cirurgia cardíaca que abria o peito do paciente, que passava de 6 a 10 dias internado. Hoje, a troca de válvula e muitos procedimentos podem ser feitos sem sequer abrir o tórax. “Discutimos questões como essa aqui, porque o objetivo da Jornada é trazer novos conhecimentos que vão agregar ao dia a dia dos cardiologistas e beneficiar os que mais precisam, que são os pacientes”.
Diversos cardiologistas do estado da Bahia, a exemplo de Lucas Holanda, Nivaldo Filgueiras, Cláudio das Virgens, Gilson Feitosa Filho, palestraram o médico do Rio Grande do Sul, Luís Beck, especialista em insuficiência cardíaca e a carioca Érica Campana, especialista em hipertensão.
De acordo com o atual presidente da SBC – Regional Feira de Santana, a retomada presencial do evento é um ganho para a comunidade. “Essa foi uma edição especial; além de ser a trigésima, foi possível fazê-la presencialmente, após dois longos anos de pandemia. Ficamos felizes de reunir tantos profissionais e estudantes que têm um objetivo em comum: oferecer a melhor assistência possível ao paciente. E a SBC-Feira cumpre a sua missão social de proporcionar não somente para aos associados, mas para a comunidade, uma oportunidade de qualificação”, finalizou.
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