Ilani Silva e Ney Silva
A cada dois minutos morre uma pessoa com alguma doença cardiovascular no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia são quase 300 mil por ano. Entre as muitas razões, a prática de atividade física de forma irregular ou aleatória aliada a uma alimentação com excesso de sal, além das taxas elevadas de açúcar no sangue podem aumentar o risco de infarto.
O médico cardiologista, Alberto Emanoel Silva, esclarece que desde a década de 50 os profissionais de saúde já haviam detectado os tipos de doenças ou sintomas que favorecem problemas no coração. Ele destaca como fatores principais a pressão alta sem controle, o excesso de gordura que causa colesterol, diabetes não controlada, o hábito de fumar, entre outros.
No entanto, algumas medidas existem para evitar esses fatores, dentre elas está a prática de exercício de forma regular. Segundo o médico, a atividade física deve começar com pequenas caminhadas e se o indivíduo tiver mais de 50 anos, o ideal é fazer o exame chamado teste de esforço. Depois disso, esta pessoa pode participar de uma partida de futebol nos finais de semana, desde que faça exercícios anteriormente de forma regular, como fazem os atletas profissionais.
Alberto Emanoel conta que cerca de 20% dos pacientes que enfartam eram sedentários e fizeram algum esforço intenso. Em muitos casos, enfatiza o cardiologista, não há tempo de prestar socorro, pois o infarto pode ser fulminante. “Não é incomum alguém jogar futebol, cair e morrer. Por isso é a doença pode ser perigosa e traiçoeira”, disse o médico.
Ele informou ainda que para os portadores de diabetes o risco é cinco vezes maior em relação aos que não tem a doença. “A morte não é causada pela diabetes, mas sim por algum problema cardiovascular motivado por ela”, disse o médico.
Para evitar doenças cardiovasculares, Alberto Emanoel recomenda exames a cada cinco anos para indivíduos entre 20 e 40 anos, e para as demais idades, a consulta deve ser realizada uma vez por ano. Os exames não precisam ser sofisticados, basta os rotineiros como colesterol, triglicerídeos, glicemia, entre outros.