Saúde

Câncer que causou a morte de Hebe é um dos tipos mais raros da doença

O câncer de peritônio afeta mais as mulheres, principalmente idosas. Para cada cem mil pessoas, cinco apresentam a doença. O câncer de ovário atinge 17 mulheres e o de mama afeta 52.

 

Acorda Cidade
 
Centenas de fãs, parentes e amigos se despediram da apresentadora Hebe Camargo no domingo (30). Ela morreu no sábado após lutar contra um câncer de peritônio, diagnosticado dois anos e meio. Este tipo de câncer é um dos mais raros entre os brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
 
Hebe estava nos Estados Unidos, no inicio de 2010, quando notou um aumento do volume do abdômen. Exames diagnosticaramncer no peritônio, uma membrana que envolve os órgãos do abdômen, como intestino, estômago e fígado.
 
Segundo o oncologista Samuel Aguiar Júnior, a primeira opção de tratamento nesse tipo de câncer é a retirada dos tumores em uma cirurgia. “Nem sempre isso é possível, a doença pode estar muito avançada e não permitir a remoção completa ou o paciente ter idade avançada, condições não favoráveis a uma cirurgia de grande porte”, explica.
 
A apresentadora foi operada e se submeteu a sessões de quimioterapia. No ano passado, o câncer reapareceu e ela precisou ser operada mais duas vezes. Uma para retirar um tumor que obstruía o intestino e outra para remover a vesícula.
 
No último mês, Hebe não respondia mais à medicação. Em uma decisão tomada por ela, a família e os médicos, a quimioterapia foi suspensa. Os médicos passaram a usar técnicas paliativas para amenizar os sintomas da doença e a dor.
 
O câncer de peritônio afeta mais as mulheres, principalmente idosas. Para cada cem mil pessoas, cinco, em média, apresentam a doença. O câncer de ovário atinge 17 mulheres e o de mama afeta 52 pessoas para cada grupo de cem mil.
 
Além do aumento do volume abdômen, outros sintomas estão associados aoncer do peritônio, como perda de peso e de apetite e dor. “Se alguém esse tipo de sintoma, o aumento de volume abdominal, tem que procurar o seu médico. Não significa que seja um tumor maligno, mas alguma causa pode ter e tem que ser descartada”, alerta o médico. As informações são do Jornal Hoje.
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