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Levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) aponta que 95% dos casos de tumor de testículo atingem homens com até 35 anos.
Os médicos do instituto, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, avaliaram 137 pacientes atendidos no hospital ao longo de dois anos.
O câncer de testículo responde por cerca de 3% dos tumores entre os homens.
Quando detectado no início, ele é tratado com a remoção do testículo afetado. Se a doença já tiver se espalhado, além da cirurgia, é necessário o uso de quimioterápicos. Nesse estágio, as chances de cura caem pela metade.
"É uma doença de jovem, o oposto do câncer de próstata", afirma Marcos Dall'Oglio, coordenador do setor de urologia do Icesp.
Segundo ele, a origem da doença pode estar relacionada ao tempo de desenvolvimento das células malignas em crianças que nasceram com testículos atrofiados ou fora da bolsa.
Outro dado divulgado pelo Icesp é que 60% dos pacientes dão entrada no hospital com o tumor já em metástase. "Homens jovens não têm o costume de ir ao médico, muito menos ao urologista."
Dor, endurecimento ou aumento do volume do testículo podem ser sinais da doença, mas esses sintomas costumam ser confundidos com infecções. "O paciente não tem capacidade de avaliar isso. Se observar sinais, deve procurar um urologista", afirma Dall'Oglio. As informações são da Folha