Prevenção e diagnóstico

Campanha Março Azul 2025 recomenda exames preventivos de câncer de intestino a partir dos 45 anos

O câncer de intestino, também chamado de colorretal e colón, é o segundo mais comum, ficando atrás somente dos cânceres de mama e de próstata.

cancer de intestino
Foto: Freepik

Aumentar o diagnóstico precoce de câncer de intestino, garantir mais qualidade de vida aos pacientes e ampliar a margem de cura. Esses são os principais objetivos da campanha Março Azul, edição 2025, promovida pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).

A proposta da organização da campanha é reforçar a recomendação de exames para a detecção precoce do câncer de intestino a partir dos 45 anos, idade já adotada por sociedades internacionais, como a American Cancer Society. No Brasil, o rastreio é direcionado para as pessoas na faixa etária dos 50 anos.

A campanha, que traz como tema “Chegou a hora de Salvar a Sua Vida”, alerta homens e mulheres sobre a importância do cuidado preventivo. O câncer de intestino, também chamado de colorretal e colón, é o segundo mais comum, ficando atrás somente dos cânceres de mama e de próstata – excluindo o câncer de pele não melanoma. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima cerca de 45 mil novos casos para este ano.

“Ainda que o câncer de intestino seja uma das doenças mais frequentes e fatais no país, 65% dos casos são diagnosticados em fase avançada. Quando identificado em estágio inicial, o câncer de intestino tem até 90% de chance de cura”, afirma Marcelo Averbach, um dos coordenadores da campanha nacional.

Em sua quinta edição, o Março Azul, reforça também a importância da parceria entre médicos, associações, instituições governamentais, pacientes para a execução de medidas preventivas e amplia o público-alvo da campanha. Além das ações de mobilização, o site oficial da campanha (www.marcoazul.org.br) e o perfil no Instagram (@campanhamarcoazul) são pontos de referência, com informações sobre fatores de risco, prevenção, métodos de diagnóstico e opções de tratamento.

Prevenção e diagnóstico

O câncer de intestino pode ser diagnosticado e prevenido por meio de exames, como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. “Na literatura médica, há cada vez mais evidências do aumento significativo de novos casos de câncer do intestino entre pacientes com menos de 50 anos, e a mortalidade nessa faixa etária também tem aumentado. Assim, diversas sociedades no mundo passaram a recomendar os exames diagnósticos mais cedo, aos 45 anos, o que passamos a adotar e a fazer o alerta”, ressalta o presidente da SBCP, Sérgio Eduardo Alonso Araújo.

O câncer de intestino pode ser influenciado por diversos fatores de risco como histórico familiar, sobrepeso, alimentação inadequada e tabagismo, bem como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Adotar um estilo de vida mais saudável pode reduzir significativamente as chances de desenvolvimento da doença, o que inclui uma dieta rica em frutas, verduras e cereais integrais, além da prática regular de atividades físicas. Os cuidados com a saúde, no entanto, não dispensam a realização dos exames preventivos.

O diagnóstico tardio não apenas reduz as chances de cura dos pacientes, como gera aumento no custo para o sistema de saúde. “Cada atraso no diagnóstico é prejudicial em dois aspectos: além de diminuir significativamente as chances de cura, impõe um custo ainda maior ao nosso sistema de saúde. Por isso, sem dúvidas, a detecção precoce é a estratégia mais eficaz para salvar vidas e evitar a escalada de intervenções onerosas e invasivas”, destaca Eduardo Guimarães Hourmeaux, presidente da SOBED.

Conscientização: Nos últimos anos, a campanha alcançou um público estimado de 93 milhões de pessoas no Brasil, com o apoio da mídia, de artistas e influenciadores, além da iluminação de monumentos em azul, um gesto simbólico que uniu o país na luta contra o câncer de intestino. Em 2025, a meta é ampliar ainda mais esse alcance por meio de palestras, mutirões, eventos, entre outras ações.

A iniciativa Março Azul teve início em 2021 e já contou com o envolvimento de centenas de parceiros institucionais ao longo de cada edição. No ano passado, por exemplo, mais de 125 parceiros apoiaram a causa, entre eles instituições como a Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras entidades médicas nacionais, além do Conselho Nacional de Justiça, Congresso Nacional, prefeituras, governos estaduais, entre outras.

Além disso, diversas personalidades e celebridades emprestaram sua imagem e voz para o esforço de conscientização na luta contra o câncer de intestino. Os depoimentos também somaram às milhares de reportagens e entrevistas com médicos especialistas, que mostraram aos brasileiros a importância da prevenção e dos cuidados regulares.

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