Em celebração ao Dia Nacional pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, comemorado em 27 de outubro, a Fundação Hemoba e a Associação Feirense de Pessoas com Doença Falciforme estão realização uma ação de doação de sangue no Shopping Boulevard, em Feira de Santana, nos dias 25 e 26 de outubro, das 8h às 16h (com uma hora de intervalo para o almoço).
A unidade móvel de coleta (hemóvel) estará no local atendendo voluntários à doação de sangue e ao cadastro de medula óssea.
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Fabrício Cabral do Nascimento, que é presidente da Associação de Pessoas com Doença Falciforme, destacou ao Acorda Cidade que o principal objetivo da ação é conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de sangue, além da mobilização em prol da saúde da população negra, já que a doença falciforme tem maior incidência em pessoas negras.
“Buscamos nas datas comemorativas trazer algo para o município de Feira, lembrar os desafios das pessoas com doença falciforme. Os principais desafios que a gente enfrenta, são a falta de abastecimento de medicamentos e a falta de conhecimento da doença, que causa limitações. É uma doença grave”, destacou.
Segundo ele, por não conhecerem a doença, as pessoas não entendem as limitações que ela provoca. Fabrício estava vestindo uma camisa com a frase: ‘Eu sinto e você não vê’. Conforme afirmou ao Acorda Cidade, essa frase reflete a situação que as pessoas que tem a doença enfrentam.
“As pessoas duvidam da dor da gente. A gente quer buscar a conscientização, pois a doença falciforme não é brincadeira. É uma doença que leva a óbito rapidamente. Muita gente desdenha da nossa dor, por não entender. A gente gostaria que a população conhecesse mais para cuidar melhor”.
O presidente da Associação explicou que a doença falciforme é hereditária, passada de pai para filho e não tem cura. Ele frisa que não é uma doença transmissível e informa que a Bahia tem a maior incidência da doença no Brasil.
“É uma mutação genética com a alteração dos glóbulos e tem várias sequelas e complicações. As pessoas podem colaborar com a associado, além da doação de sangue, buscando entender um pouco sobre o que é a doença falciforme, pois a gente precisa de empatia”, destacou.
Com relação a como a doença acomete as pessoas, Fabrício informou que varia de paciente para paciente. “Na maioria das vezes essa doença acomete as pessoas de forma diferente. Eu, por exemplo, tenho úlcera de pele, que são ferimentos crônicos com dificuldade de cicatrização, tenho problema de visão, tenho questões de cansaço, fadiga, sinto dores. Então essa doença vai deixando sequelas no paciente, gradativamente. Eu sou acometido com essas sequelas, mas tem pessoas que são acometidas por outras coisas. Por isso a necessidade de um olhar, de um cuidado especial e com atendimento multidisciplinar”.
Segundo Fabrício Cabral, essa é a primeira vez que a associação está fazendo essa ação em Feira de Santana. Ele acredita que ela deve continuar em outras edições, já que a doação de sangue é de extrema importância para pacientes com a doença falciforme.
“A gente tem a questão da baixa da hemoglobina e, quando isso acontece, a gente precisa rapidamente fazer uma transfusão de sangue para que a hemoglobina volte ao normal. Além disso, tem crianças que fazem transfusão de sangue mensalmente, por isso a importância da doação de sangue”, frisou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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