Ney Silva
Nesta quarta- feira, 26 de junho, é o Dia Nacional do Diabetes, doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue e que pode ser diagnosticada como tipo 1 ou tipo 2, além da diabetes gestacional. A doença acomete mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, o número é de 16 milhões, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para dar mais detalhes e alertar as pessoas sobre os riscos do diabetes,o Acorda Cidade conversou com a professora e biomédica Catarina Galvão. Ela informou que o diabetes é considerado como uma síndrome metabólica multifatorial. A biomédica explicou que há uma redução da insulina no sangue ou uma ausência na ação da insulina e ocasiona o aumento da glicose, que gera o que a gente conhece como diabetes.
Catarina Galvão informou que a maioria dos casos de diabetes é descoberta após a realização de exames. Ela destacou em entrevista ao Acorda Cidade que além do teste de glicemia, é necessária a realização de outros exames para a detecção.
“É bom a gente considerar que a grande maioria das pessoas faz o exame de glicemia em jejum e dá uma concentração que é elevado, maior que o normal, só que isso não quer dizer que ela é diabética. Precisa fazer outros tipos de exames como a curva glicêmica para fazer essa associação com o elevado índice de glicose”, explicou.
Segundo ela, depende do tipo de diabetes, a pessoa pode se curar. Porém na maioria dos casos, só é possível ter o controle do diabetes.
“Por exemplo, o diabetes gestacional possivelmente a pessoa volta ao estágio normal, ela fica sem diabetes. A gente tem o caso também do controle do diabetes com medicamentos, com alimentação, desse modo, pode-se reduzir esse índice glicêmico”, afirmou.
A biomédica ainda falou sobre os prejuízos do diabetes para os rins. Segundo ela, pode-se correlacionar o diabetes como um prejuízo renal. “A gente sabe que os rins são os principais órgãos, responsáveis pela filtração do sangue. O aumento de glicose pode sim acarretar nesse procedimento do processo dos rins”, disse.
Catarina Galvão destaca que além de prejudicar a função renal, o diabetes pode trazer diversas outras complicações como a cegueira e dificuldade de cicatrização, levando até mesmo a amputação de membros.
Sintomas
Ela destaca que os principais sintomas iniciais do diabetes são: fome excessiva, sede excessiva, formigamento nos pés, sudorese excessiva e perda de peso.
Tipos:
– Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
– Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).
Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome freqüente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.
Principais sintomas do DM tipo 2: infecções frequentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.
Prevenção e controle:
Pacientes com história familiar de DM devem ser orientados a:
– manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas; praticar atividade física regular.
Pacientes com DM devem ser orientados a:
– realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma alimentação saudável; utilizar os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas; manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.