Bahia

Bahia registra terceira morte por dengue; 23 municípios decretaram epidemia

O último óbito foi confirmado neste domingo (18).

Foto: Elói Corrêa/GOV-BA
Foto: Elói Corrêa/GOV-BA

O estado da Bahia registrou a terceira morte pelo vírus da dengue. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (19) pela secretária de Saúde, Roberta Santana. Ao Acorda Cidade, ela informou que 23 municípios estão em estado de epidemia, e uma força-tarefa será realizada nos municípios de Piripá e Jacaraci, onde os óbitos foram registrados.

Secretária de Saúde
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O nosso governador Jerônimo tem liderado essas ações de enfrentamento contra a dengue. A situação do estado hoje, comparado com o ano passado, eu diria que é confortável. Contudo, há um ponto de atenção, que comparado com os últimos sete anos, nós já estamos muito acima da média. Então, algo que nos preocupa, tivemos três mortes, eram duas, foi confirmada uma ontem. O que a gente tem trabalhado é para não aumentar esses casos, pois são 23 municípios em epidemia, 13 em situações mais críticas e a gente tem trabalhado isso fortemente. Em Piripá e Jacaraci estamos em um ação integrada, o governador mobilizou Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, estamos descendo numa força-tarefa para esses dois municípios, para que a gente não deixe que a coisa cresça. As duas mortes aconteceram, uma em Piripá, outra em Jacaraci. Então já é um ponto de alerta para gente. Aqui em Feira de Santana, especificamente, apesar de não estar em crescimento na semana epidemiológica, nas últimas quatro semanas, a gente já observa casos graves”, relatou a secretária de Saúde.

Ao Acorda Cidade, Roberta Santana destacou a importância dos serviços prestados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde se faz necessário testar o paciente para detectar se está com a doença.

“Nós temos conversado com o município, precisa de forma imediata, fazer um trabalho nas UBSs, Unidades Básicas de Saúde, com o manejo clínico. O paciente chegou, precisa ser testado, sobretudo porque a gente só consegue o controle se a notificação acontecer. Então é um ponto de alerta muito importante. A vacina chegou, começou em Feira de Santana, e uma coisa que eu queria alertar, é que a vacina não tem quantidade suficiente para todo mundo. O ministério tem falado sobre isso, mas não é solução imediata para dengue. O que é solução imediata para dengue é a limpeza urbana, é o trabalho em casa, é a gente fazer o trabalho preventivo e o manejo clínico importante dos pacientes que chegarem com sintomas para não deixar evoluir”, pontuou.

Segundo a secretária de Saúde, 17 mil doses da vacina foram enviadas para Feira de Santana, contudo, a primeira remessa foi destinada apenas para crianças de 10 e 11 anos.

“Aqui em Feira de Santana chegaram 17 mil doses, no estado todo foram 120 mil, 44 municípios beneficiados, região de Salvador, Feira de Santana e Camaçari, e a vacina inicialmente, foi prevista pelo ministério para 10 a 14 anos. Contudo, a primeira remessa foi indicada para 10 e 11 anos. Não é que está equivocado ou não tem nenhuma situação atípica a fornecer para 14 anos. O que nos preocupa é que, como a quantidade veio pensada para essa idade, tem duas doses, a próxima dose vai chegar casada. Então, se eu ampliar agora para 10 a 14, possivelmente, na segunda dose, na segunda remessa, algumas crianças que foram vacinadas na primeira não terão. E a gente não completa o ciclo vacinal, então, a gente não tem a efetividade da vacina. Esse é meu ponto de atenção aqui em Feira de Santana, pedindo a vacina recomendada pelo ministério dessa primeira remessa, 10 e 11 anos, vamos vacinar”, declarou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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