Audiência Pública debate situação do autismo na Bahia

Procurado por familiares de pessoas com autismo,  o deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia, José de Arimatéia (PRB), resolveu realizar uma audiência pública, para discutir a atual situação do autismo na Bahia e a carência de políticas públicas na área. A sessão irá acontecer, nesta terça-feira (8), às 10h, na Sala Eliel Martins, localizada no Parlamento Baiano. A síndrome atinge 70 mil indivíduos na Bahia, e mais de sete mil na capital baiana.

 

“Muitas pessoas ainda desconhecem a síndrome, e interpretam o comportamento das crianças de forma equivocada, sem ao menos terem a noção de que o autismo se manifesta em diferentes graus. A audiência foi uma forma encontrada para gerar o conhecimento e conscientização de todos. Precisamos levantar a bandeira para uma melhor qualidade de vida para eles", disse Arimatéia.

 

Defendendo o diagnóstico e a intervenção precoce do autismo, a presidente da Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA), Rita Brasil, informou que atualmente existem 280 autistas em lista de espera somente na AMA. “Por falta de um atendimento especializado, nossas crianças ficam sem a assistência adequada e necessária. Todas as ONGs e leis surgiram em decorrência dos esforços dos pais”, destacou Rita.

 

No mês anterior, Arimatéia viabilizou uma reunião com o Secretário Estadual de Saúde, Jorge Solla, onde foi destacado o Centro de Referência aos Portadores do Autismo, que está sendo realizado através da parceria com a Liga Alvaro Bahia do Martagão Gesteira e está em fase de conclusão. “Até dezembro deste ano, estaremos prestando a assistência necessária aos portadores do autismo, através do Centro”, garantiu o secretário. 

 

A audiência contará com a palestra da Médica-Psiquiatra e PHD na Divisão de Psiquiatria Social e Cultural na McGill University, Montreal-Canadá, Milena Pondé, que abordará de forma ampla o tema em questão.

 

Também foram convidados para a audiência pública profissionais de saúde e educação, representantes de Organizações Não Governamentais (ONG), familiares e pessoas com o autismo.